Sabe como gerir o stresse?

Sabe como gerir o stresse?

Neste Dia de Consciencialização do Stresse, vamos falar sobre as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para lidar com este problema que afeta cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo, e especialmente as mulheres.

Imagem actual: stresse


O stresse faz parte da condição e das relações humanas, mas quando ultrapassa certos limites ou se mantém de forma prolongada pode transformar-se num risco para a saúde mental e física. Foi a pensar nessa realidade que a International Stress Management Association criou, em 1998, o Dia de Consciencialização do Stresse, data que hoje assinalamos.

Nos últimos anos, a OMS tem dedicado particular atenção à gestão e prevenção do stresse e ansiedade, fazendo vários estudos e publicando várias diretrizes com base em evidência científica para apoiar indivíduos, trabalhadores e organizações a lidar com o stresse de forma eficaz.

Entra outras ações, criou o Doing What Matters in Times of Stress: An Illustrated Guide, um guia ilustrado para todas as idades que partilha práticas e estratégias individuais que ajudam a lidar com o stresse diário. Tal, defendem os especialistas, ajuda, entre outras questões, a prestar atenção ao corpo, identificar e nomear pensamentos, praticar a compaixão e/ou criar momentos de pausa.

O grande objetivo é tornar essas estratégias acessíveis, independentemente da situação ou nível económico, e fazer com que se entenda que aprender a gerir o próprio stresse é uma competência que pode ser cultivada e não depende apenas de recursos profissionais.

Além disso,a OMS também publicou as diretrizes WHO Guidelines on Mental Health at Work, que abordam especificamente o contexto laboral, onde o stresse pode estar presente de diferentes formas, seja isso a sobrecarga de trabalho, decisões repetitivas, desequilíbrio entre esforço e recompensa, entre outros.

Mas, independentemente das origens do stresse, existem práticas que qualquer um de nós pode adotar para o gerir de forma mais eficaz. Dessas, a OMS destaca:

*O reconhecimento dos fatores de stresse, como sendo o primeiro passo para enfrentar o problema e encontrar uma solução equilibrada.
*A reserva de momentos de pausa reflexiva e autocuidado, apostando, por exemplo, em práticas de atenção plena, respiração e/ou meditação. O exercício físico ligeiro como caminhar é também uma atividade recomendada, sabendo-se que a sua prática regular contribui para a saúde mental e reduz sintomas de ansiedade e stresse.
*Garantir um suporte social, seja isso conversar com amigos ou pessoas de confiança, ou participar em redes de apoio.
*Promover ambientes de vida e de trabalho que permitam autonomia, sentido, equilíbrio e justiça.
*Procurar ajuda profissional ou especializada em caso de sintomas persistentes, severos ou associados a trauma.

Esse conjunto de práticas e decisões são importantíssimas para combater  o stresse, um dos problemas mais graves de saúde pública na atualidade, uma vez que a OMS sublinha que o stresse não gerido pode levar a diversas consequências negativas, incluindo problemas de sono, distúrbios de humor, burnout, redução da produtividade no trabalho e até aumento do risco de doenças físicas ao longo do tempo.

Por isso, as intervenções sistemáticas e bem-planeadas contribuem para a resiliência individual e coletiva, para ambientes de trabalho mais saudáveis e para uma sociedade mais equilibrada, pois, em última instância, gerir o stresse é investir em qualidade de vida, e a literacia sobre o tema torna-se uma competência cada vez mais valiosa e um pilar vital de bem-estar individual e geral.