EMA pondera aplicação de medidas adicionais dar resposta à falta de antibióticos
O Grupo Executivo sobre Escassez e Segurança de Medicamentos refere que as ruturas registadas têm sido uma “preocupação permanente para a saúde pública”.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que estão a ser analisadas “medidas adicionais” para minimizar o impacto da escassez de antibióticos na Europa, agravada devido à guerra na Ucrânia, à crise energética e à inflação.
Em comunicado, divulgado no passado dia 20 de janeiro, a EMA refere que está a cooperar com a Comissão Europeia e as entidades reguladoras nacionais para analisar se poderão ser “tomadas medidas adicionais para mitigar o impacto destas carências”. De acordo com o Grupo Executivo sobre Escassez e Segurança de Medicamentos (MSSG), da EMA, a falta de medicamentos tem sido uma “preocupação permanente para a saúde pública”, uma situação que se tem agravado devido à guerra na Ucrânia, pela crise da energia e pelas elevadas taxas de inflação.
“Um recente aumento das infeções respiratórias levou a um aumento da procura de antibióticos como a amoxicilina, especialmente com formulações pediátricas”, explica ainda o regulador europeu. Além disso, as dificuldades de produção destes fármacos “conduziram a problemas de abastecimento que afetam a maioria dos Estados-membros”, reconheceu a agência europeia, ao adiantar que os problemas de fornecimento atingem também outros países fora da UE.
No comunicado, a EMA sublinha que o MSSG tem “acompanhado de perto a situação” desde novembro de 2022 e tem desenvolvido esforços “com os principais intervenientes na cadeia de fornecimento de amoxicilina para acordar possíveis medidas mitigadoras, como o aumento da capacidade de produção”, refere o comunicado.
“Com base nas informações atuais das empresas e das partes interessadas, espera-se que a situação melhore nos próximos meses”, adiantou a EMA, ao salientar a “importância da transparência em relação à escassez” e a “necessidade de todas as partes interessadas comunicarem de forma objetiva e responsável para evitar qualquer preocupação pública indevida”.
Recorde-se que, em Portugal, os preços dos medicamentos mais baratos vão aumentar 5% para facilitar o acesso aos fármacos e evitar situações de rutura, anunciou o Ministério da Saúde, que vai avançar até junho com um conjunto de medidas nesta área.