Há um novo medicamento que promete perda de peso cinco vezes mais rápida do que Ozempic

Há um novo medicamento que promete perda de peso cinco vezes mais rápida do que Ozempic

Provisoriamente designado por VK2735, terá permitido uma perda média de peso de 13,1% em apenas 13 semanas de tratamento.

A farmacêutica norte-americana Viking revelou que o seu medicamento para o tratamento da obesidade alcançou resultados melhores do que o Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Provisoriamente designado por VK2735, promete uma perda de peso cinco vezes mais rápida.

O fármaco terá permitido uma perda média de peso de 13,1% em apenas 13 semanas de tratamento. Até agora, outras empresas só haviam obtido resultados semelhantes em 40 a 56 semanas.

“Estamos entusiasmados com os resultados. O VK2735 continua a demonstrar um perfil promissor de eficácia e tolerabilidade em indivíduos obesos”, afirma o executivo-chefe da Viking, Brian Lian, em comunicado de imprensa.

Este novo medicamento segue a mesma lógica do Ozempic. Ou seja, atua contra os recetores de GLP-1, uma hormona fisiológica que regula o apetite e a glicose.  No fundo, o doente come menos e o corpo é incentivado a queimar as suas reservas de energia.

Dados divulgados pela Viking mostram que até 88% dos indivíduos nos grupos de tratamento com VK2735 alcançaram mais de 10% de perda de peso, enquanto os voluntários tratados com placebo alcançaram reduções médias de 4%. Os participantes do primeiro grupo perderam em média, 14,6 quilos durante o período de estudo, o que equivale a mais de um quilo por semana.

Os resultados foram observados na fase 2 do estudo. Todos os participantes eram obesos ou tinham excesso de peso: 34 tomaram placebo e 140 foram divididos em três grupos que receberam quatro doses injetáveis semanais diferentes do VK2735: 2,5 miligramas (mg), cinco mg; 10 mg e 15 mg.

Os efeitos secundários foram considerados leves ou moderados pelas autoridades de saúde que monitorizaram o estudo. Mais de 50% dos doentes apresentaram náuseas leves ou moderadas e, nas doses mais altas, mais de 20% tiveram vómitos, diarreia ou obstipação.

Futuramente, a farmacêutica tem como objetivo testar a versão oral do medicamento. A empresa também vai precisar de realizar testes de fase 3, com mais voluntários, num prazo mais alargado. Depois, terá de submeter os resultados à avaliação da autoridade norte-americana do medicamento (Food and Drug Administration).