Mercado com dificuldade de abastecimento de medicamento para tratar úlceras
Infarmed destaca que prescrição apenas deve efetuada em última instância e proíbe exportação do medicamento. De acordo com o órgão, a escassez deve-se à “limitação na capacidade de produção”.
O mercado está com dificuldades de abastecimento dos medicamentos com sucralfato utilizados no tratamento de úlceras e de refluxo, informou o regulador nacional, que recomendou uma distribuição equitativa das embalagens disponíveis pelas farmácias do país.
Os fármacos contendo sucralfato estão indicados para o tratamento da úlcera péptica (gástrica ou duodenal), de esofagites de refluxo e para a prevenção da úlcera de stress, indicou a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) numa circular informativa.
Segundo o Infarmed, estes medicamentos têm apresentado, desde há algum tempo, “dificuldade de abastecimento, decorrente da limitação na capacidade de produção por parte dos dois titulares de AIM [autorização de introdução no mercado] que comercializam estes fármacos no mercado nacional”.
Após consultar a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, o regulador recomendou aos médicos que a prescrição de sucralfato apenas deverá ocorrer nos casos em que os doentes não tolerem as alternativas disponíveis.
De acordo com a circular, apesar da importância reconhecida do sucralfato, existem alternativas seguras e eficazes para os doentes em tratamento, como é o caso dos antiácidos.
Já em relação aos distribuidores por grosso, o Infarmed salienta ser “essencial que seja feita uma distribuição equitativa e criteriosa” das embalagens disponíveis por todas as farmácias, recordando ainda que a exportação destes medicamentos está proibida e assim se vai manter até que o abastecimento medicamentos esteja normalizado.
O Infarmed recomenda também aos utentes que não consigam adquirir o medicamento a contactarem o seu médico ou farmacêutico para que seja indicada uma alternativa terapêutica.