A Homeopatia e o Farmacêutico na Farmácia Comunitária
Artigo de Opinião de Joana Landeiro, Farmacêutica Homeopata e Naturopata.
De acordo com a Homeopatia, o indivíduo não tem apenas uma doença, ele carrega um desequilíbrio que se manifesta de diferentes formas ao longo da vida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a sua prática como medicina alternativa e complementar, tendo sido considerada a 3ª medicina tradicional em todo o mundo, após a Medicina Ayurvédica (medicina tradicional indiana) e a Medicina Tradicional Chinesa.
Princípios da Homeopatia
A Homeopatia é orientada por quatro princípios:
– Lei dos semelhantes: estabelece que é possível tratar “de igual para igual”, isto é, uma doença específica pode ser curada pela substância capaz de reproduzir os mesmos sintomas dessa doença. Para tratar um indivíduo doente é necessário aplicar um medicamento que, quando aplicado em alguém sadio, produz os mesmos sintomas apresentados pelo doente; ou seja, o medicamento homeopático pretende provocar no organismo uma doença artificial semelhante á doença natural, para estimular o organismo a corrigir o desequilíbrio.
– Experimentação na pessoa sadia: dita que os testes de medicamentos homeopáticos devem ser realizados em pessoas saudáveis. Dessa maneira, é possível avaliar os efeitos objectivos e subjectivos no grupo de experimentadores.
– Doses infinitesimais: consistem na diluição de um medicamento e agitação (dinamização) para “despertar” propriedades latentes.
– Medicamento único: o paciente deverá tomar o medicamento que contenha o maior número de estímulos para os sintomas que o paciente apresenta.
Medicamentos Homeopáticos
A preparação dos medicamentos homeopáticos é feita a partir de substâncias extraídas da natureza (minerais, vegetais ou animais), das quais existe um conhecimento prévio, mediante a experimentação no homem são. Estes medicamentos são diluídos e dinamizados, tratando as doenças pela semelhança, ou seja, o que é capaz de produzir a doença também é capaz de curá-la.
O processo de diluição seguido de agitação é chamado de “dinamização”. Só assim é possível despertar na substância a capacidade de actuar sobre a força vital do organismo. Quanto mais diluídos forem os medicamentos, mais são minimizadas as reacções indesejáveis. Ao fazer diluições sucessivas das substâncias e agitá-las diversas vezes, obtém-se sempre melhores resultados, chegando-se às doses mínimas. Desta forma, a toxicidade das substâncias é atenuada e o seu potencial curativo, aumentado.
Não chega uma altura em que, diluindo-se tanto, acaba a substância original?
Sim, daí a necessidade das agitações a cada vez que se dilui. O efeito medicamentoso em homeopatia não é bioquímico, mas energético. A substância ao ser diluída e agitada, liberta na água uma informação que ao ser administrada sublingualmente, a transfere para o paciente.
A informação libertada estimula os mecanismos naturais de cura do indivíduo, levando-o da doença para a saúde, através das suas próprias condições intrínsecas.
Consulta Homeopática versus Consulta Alopática
A consulta homeopática caracteriza-se por abordar uma série de sintomas e perguntas mais abrangentes do que a consulta de um médico clássico.
A Homeopatia diferencia-se essencialmente da medicina clássica porque não é uma medicina de um sintoma, nem mesmo de uma doença, mas a medicina daquela pessoa em particular.
O foco está no paciente antes de mais nada pelo que ele é, muito mais do que por aquilo que ele apresenta. Encara-se o homem doente com o seu psiquismo, as suas particularidades, o meio que o envolve, a sua bagagem hereditária adquirida, as múltiplas agressões de todos os dias, psico-afectivas, alimentares, infecciosas, medicamentosas, vacinais…
A homeopatia leva em conta o indivíduo na sua totalidade com suas particularidades, seus modos de reagir face á doença, naquilo que tem de mais pessoal, apegando-se às reacções mais particulares, a fim de não confundi-las com as banais, comuns a todos. Somente a singularidade dos sintomas expressos permite uma individualização satisfatória da doença e uma terapêutica inteiramente personalizada.
Vantagens
– A Homeopatia actua por meio de estímulo energético e não pelo efeito químico de uma substância, o que faz com que o tratamento seja menos agressivo.
– Os medicamentos homeopáticos não tem efeitos secundários e é segura a sua utilização em pacientes com características particulares (ex. grávidas, crianças, doentes polimedicados…).
– A técnica trata o organismo como um todo, sem tratar a doença isoladamente. Na Homeopatia não há doenças, há doentes!
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