Daniela Santos é mentora do progrmama Leader’s Mind da PHARMABSC onde através de um processo imersivo e experiencial, os líderes são convidados a refletir sobre a sua liderança e a reconstruir a sua identidade. Formada em Ciências Farmacêuticas, Mestre em Gestão, Mentora na Nova SBE VOICE Leadership e investigadora do CSG/Advance, Centro de Investigação em Ciências Sociais e Gestão do ISEG, revela-se apaixonada pela estratégia empresarial, em especial, no que respeita a resolução das dificuldades.
Como é que este programa ajuda na transformação do líder?
Este não é apenas mais um programa de liderança. É uma oportunidade para o líder contruir, melhorar ou mesmo alavancar a sua liderança. O programa foca-se na auto liderança, partindo do princípio de que o líder deve primeiro dominar a si próprio para poder inspirar e conduzir os demais. Utilizando metodologias de gamificação baseadas no LEGO® SERIOUS PLAY®, os participantes passam por um processo imersivo e experiencial que os convida a refletir, desconstruir e reconstruir a sua própria identidade e visão de liderança. Este método criativo permite que os líderes experimentem cenários complexos num ambiente seguro, onde podem testar hipóteses, identificar pontos fortes e áreas de melhoria. Para além disso, as diferentes experiências de todos os participantes permitirá a troca de ideias e conteúdo rico.
Que abordagem é feita que vai além das técnicas tradicionais de liderança?
Em vez de se limitar à transmissão de técnicas e modelos pré-definidos, o programa aposta na descoberta pessoal e na elaboração das próprias ferramentas de liderança. A dinâmica das atividades, que combinam desafios práticos com momentos de reflexão, estimula a criatividade e a inovação, permitindo que os líderes adaptem as abordagens ao contexto e à cultura da sua organização. A aprendizagem é construída através da colaboração, do feedback coletivo e da experimentação, fortalecendo não só competências técnicas, mas também comportamentais e emocionais.
Como a liderança pode ter impacto nas empresas?
Os líderes transformados e conscientes do seu papel como agentes de mudança promovem ambientes organizacionais mais inovadores, resilientes e colaborativos. Ao desenvolver uma visão estratégica aliada à inteligência emocional, conseguem criar culturas organizacionais orientadas para o bem-estar, o desenvolvimento sustentável e a inovação contínua. Uma liderança autêntica e auto liderada tem o potencial de impulsionar a produtividade, melhorar a comunicação interna e, consequentemente, elevar os resultados empresariais.
Quais são as principais competências de liderança que os participantes desenvolvem?
O autoconhecimento e autoconfiança são ferramentas que vão ser adquiridas para identificar forças e oportunidades de melhoria. Através de exercícios de comunicação eficaz e empática, criaremos estratégias para inspirar e motivar equipas. Os jogos empresariais serão uma ferramenta que os líderes podem levar para as suas empresas e explorar a criatividade e inovação. São oportunidades de pensar fora e dentro da caixa e desenvolver soluções originais. Elevar a flexibilidade e resiliência do líder como pessoa, trabalhando a sua capacidade de se adaptar a mudanças e gerir conflitos. A inteligência emocional é um dos pontos fundamentas para o equilíbrio mental do líder. Saber gerir as próprias emoções e as das equipas, facilita a resolução de conflitos, promove a inovação e aumenta a retenção de talento.
Em matéria de inovação digital, que instrumentos são dados aos formandos?
São apresentados instrumentos e metodologias digitais que permitem a análise e a tomada de decisão num contexto cada vez mais orientado por dados. Hoje em dia, a tecnologia faz parte de qualquer empresa. Os líderes que não estiverem preparados para as usar, não serão tão eficazes, principalmente no que concerne à nova geração. Temos sessões práticas que incentivam a experimentação com novas tecnologias e a integração de plataformas digitais no processo de gestão e comunicação.
De que forma é abordada a questão da IA e o impacto real que esta tem no comportamento organizacional?
A inteligência artificial é tratada não só como uma ferramenta técnica, mas como um agente de mudança que afeta a cultura e as dinâmicas organizacionais. Quando usada conscientemente e orientada como um meio de troca de ideias, para além de poupar muito tempo ao líder, também pode ajudar no planeamento de uma estratégia dirigida. Contudo, é precisa saber utilizá-la.
Quais são os resultados esperados após a conclusão do programa?
Os líderes vão ter uma nova perspetiva de auto liderança, capazes de aplicar as ferramentas e aprendizagens adquiridas de forma prática e adaptada à sua própria realidade e das suas organizações. Espera-se mais motivação , inovação e resiliência por parte das equipas lideradas por pessoas que compreendem a importância do desenvolvimento pessoal e da comunicação autêntica. Uma cultura empresarial orientada para a inovação, onde a criatividade e a colaboração são valorizadas e integradas nos processos de gestão. Será uma oportunidade para entrar no clube do Learders´Mind com uma rede de líderes de diferentes áreas, com programas de mentoria focada. Em resumo, este programa de transformação vai muito além dos modelos tradicionais de liderança ao apostar na autodescoberta, na experimentação prática e na integração das novas tecnologias – com um olhar atento para a o crescimento dos líderes e network. O resultado é um líder mais preparado para os desafios modernos, apto a conduzir equipas e organizações num mundo em constante evolução. Hoje, enquanto falamos num cenário onde a incerteza e evolução assumem papéis cada vez mais centrais, este programa posiciona os formandos à frente da curva, equipando-os com as competências necessárias para liderar com visão e humanidade.
