Acesso ao medicamento que previne VIH deverá ser alargado em 2025
Alargamento da prescrição do medicamento usado para prevenir infeção por VIH deverá ser implementado na sua plenitude em 2025, de acordo com a diretora-geral da Saúde.
A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, disse que o alargamento da prescrição do medicamento usado para prevenir a infeção por VIH deverá ser implementado “na sua plenitude” em 2025. “Pelo menos a nível dos centros de saúde e de organizações de base comunitária pensamos que isso poderá ser alcançado. Depois as outras medidas, se calhar durante o próximo ano conseguiremos implementar na sua plenitude”, adiantou à agência Lusa Rita Sá Machado.
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde (MS) anunciou que a prescrição do medicamento usado para prevenir a infeção por VIH iria ser alargada aos cuidados primários, organizações comunitárias, consultas realizadas nos setores social e privado, e podem ser dispensados em farmácias comunitárias.
A responsável explicou à Lusa que a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a trabalhar com o Ministério da Saúde para “realmente possibilitar” o alargamento do acesso à Profilaxia Pré-Exposição ao VIH (PrEP).
“Começou-se por aquilo que são as organizações de base comunitária e com alguns daqueles contratos programa com essas associações. Depois também será feito ou irá ser implementada o alargamento da PrEP que está associada a uma componente de farmácia. Portanto, as coisas estão a avançar, mas ainda não temos uma plena implementação de tudo o que é o alargamento da PrEP”, acrescentou.
Segundo o MS, a prescrição e dispensa dos medicamentos destinados a prevenir a infeção por VIH permite um regime excecional de comparticipação de 69% sobre o preço atual que não deverá ultrapassar 40 euros mensais. Até aqui, a prescrição de PrEP era realizada apenas em consulta de especialidade hospitalar, com dispensa nos serviços farmacêuticos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.