ADIFA defende que farmácias comunitárias devem dispensar medicamentos de uso hospitalar
A Associação dos Distribuidores Farmacêuticos já anunciou as prioridades para 2023 no sector do medicamento em Portugal.
Aproximar os medicamentos hospitalares dos doentes. É esta uma das três prioridades definida pela Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) para o setor do medicamento em Portugal em 2023, de forma a conseguir manter e reforçar a sua atividade.
Num comunicado publicado na sua página e enviado às redações, a ADIFA elenca como primeira prioridade o combate à inflação e a garantia da regular continuidade no abastecimento de medicamentos. “A permanente e contínua degradação dos preços e margens dos medicamentos tem colocado em risco o acesso dos portugueses a este bem essencial e o serviço de interesse público desempenhado pelos diversos agentes do circuito do medicamento”, adianta a ADIFA no comunicado.
Por estas razões, sublinha a Associação, “deve efetivar-se uma atualização dos preços dos bens e serviços na Saúde, nomeadamente na cadeia de valor do medicamento, de forma a acompanhar a subida dos custos associados à inflação, aos preços dos combustíveis e energia”.
A segunda prioridade identificada pela ADIFA para 2023 é aproximar os medicamentos hospitalares dos doentes, defendendo uma “efetiva transição para as farmácias comunitárias de medicamentos para tratamento de diversas patologias que atualmente são apenas dispensados em meio hospitalar, à semelhança do que acontece em muitos países europeus”.
Por fim, o reconhecimento da distribuição farmacêutica enquanto infraestrutura crítica nacional é também uma prioridade para este ano. Explica a ADIFA que “nunca foi tão evidente a importância da distribuição farmacêutica nacional como nestes dois últimos anos, em que, numa situação de crise de saúde pública a que se somou uma crise energética, os distribuidores farmacêuticos realizaram um manifesto esforço para fazer chegar a todos os cidadãos os medicamentos e outras tecnologias de saúde de que necessitavam”.