A Associação Portuguesa de Farmacêuticos Residentes (APFR) destaca a eficiência da PIRF 2023, mas aponta questões específicas que merecem atenção em prol do aprimoramento futuro.
Após a realização da segunda Prova de Ingresso na Residência Farmacêutica (PIRF) no último dia 28 de setembro, a Associação Portuguesa de Farmacêuticos Residentes (APFR) emitiu o seu posicionamento expondo as suas observações e avaliações sobre o exame.
No comunicado, a APFR destacou que, de maneira geral, a estrutura da prova manteve-se semelhante ao ano anterior, seguindo as matérias previamente divulgadas na matriz de conteúdos e mantendo o seu peso relativo. Uma das melhorias notadas foi a tentativa de tornar os enunciados mais concisos, visando a exposição mais clara dos temas a serem abordados, eliminando informações redundantes.
Quanto ao nível de dificuldade, a APFR considerou que, em uma análise global, o exame permaneceu desafiador. No entanto, em uma análise mais detalhada, notou-se um ligeiro aumento na componente clínica, tanto na área de medicamentos quanto na área laboratorial do exame. Isso foi saudado como uma melhoria, mas também levantou preocupações devido às lacunas na formação pré-graduada nessa área, apesar de haver um aumento no número de perguntas de resposta imediata em comparação com o ano anterior.
A APFR também identificou algumas questões específicas que merecem atenção. Estas incluem a falta de rigor em alguns enunciados, a escolha de respostas que não correspondem à bibliografia recomendada e a terminologia inadequada em algumas questões.
No contexto geral da prova, a APFR manifestou a opinião de que o número de referências indicadas ainda é excessivo, especialmente se considerarmos a estrutura do exame nos últimos dois anos. Estes sugeriram a possibilidade de indicar um livro de referência para a área de medicamentos e outro para a área laboratorial, complementados com as orientações terapêuticas e práticas atuais.
Além disso, a APFR questionou se as escolas farmacêuticas em Portugal proporcionam uma formação adequada para que os recém-mestrados possam enfrentar a prova de forma eficaz, especialmente na área assistencial e clínica do conhecimento farmacêutico.
Em conclusão, a APFR considerou que a PIRF 2023, de maneira geral, avaliou eficientemente os conhecimentos e competências necessários para a residência farmacêutica, embora tenha sugerido algumas melhorias e correções para os próximos anos.
A comissão instaladora da APFR continuará monitorizando e acompanhando o desenvolvimento da prova, procurando sempre aprimorar o processo de avaliação para futuros candidatos à residência farmacêutica.