Associação Portuguesa Farmacêuticos Residentes Alerta para a Falta de Ação do Governo na Residência Farmacêutica

Associação Portuguesa Farmacêuticos Residentes Alerta para a Falta de Ação do Governo na Residência Farmacêutica

A APFR salienta que é imperativo transformar palavras em ações concretas para assegurar a sustentabilidade e a valorização da residência farmacêutica no SNS, garantindo assim a excelência dos cuidados farmacêuticos aos cidadãos.

Durante a cerimónia nacional de receção aos farmacêuticos residentes de 2024, realizada em Coimbra, a Associação Portuguesa de Farmacêuticos Residentes (APFR) reforçou as suas preocupações relativas à sustentabilidade da especialização farmacêutica no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta associação, representante dos profissionais em formação, sublinhou a importância do exercício competente da profissão, especialmente no contexto das novas Unidades Locais de Saúde (ULS).

Apesar dos discursos enfatizando a relevância do ato farmacêutico, a APFR lamentou a ausência de menção, por parte do Senhor Ministro da Saúde, a questões cruciais para os farmacêuticos residentes. Entre as preocupações destacadas estão a discriminação remuneratória face à formação académica, a falta de definição legal do estatuto de “residente investigador”, a redefinição da carteira de serviços farmacêuticos nas ULS, a utilização de residentes em escalas sem supervisão adequada e a falta de planeamento na gestão de recursos humanos farmacêuticos no SNS.

A APFR critica também a ausência de uma política de comunicação eficaz sobre a residência farmacêutica, tanto no espaço público como junto das entidades de colocação, bem como as fragilidades nos programas de receção locais. Estes aspetos levantam dúvidas sobre a valorização da residência farmacêutica em algumas instituições.

A associação reafirma o seu compromisso com a qualidade formativa dos farmacêuticos, em equilíbrio com o ato profissional e o estatuto deontológico. Apela aos poderes públicos para proporcionarem condições adequadas aos farmacêuticos residentes, abrangendo não apenas aspetos remuneratórios, mas também técnicos e científicos, garantindo o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Como estrutura autónoma, a APFR mantém-se aberta ao diálogo e à procura de soluções, tendo enviado à Ordem dos Farmacêuticos uma proposta de retificação das portarias relativas à avaliação da residência farmacêutica. No entanto, a associação nota a falta de vontade política do Ministério da Saúde em resolver questões prementes e em garantir a plena integração dos farmacêuticos residentes no sistema de saúde, sobretudo na área laboratorial.

Mais informações sobre o comunicação no site oficial da APFR.