Atenção: há novas orientações para dar resposta à rutura prolongada de insulinas

Atenção: há novas orientações para dar resposta à rutura prolongada de insulinas

A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica publicou um conjunto de orientações de apoio à decisão clínica, de forma a apoiar as pessoas que vivem com diabetes, os médicos prescritores e demais profissionais de saúde na substituição por outra insulina, que se diferenciam, contudo, na forma de apresentação e perfil farmacocinético.

Após a comunicação, por parte da Sanofi, da rutura prolongada de várias insulinas devido a problemas no fabrico que afetam diversos países europeus, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica publicou um conjunto de orientações de apoio à decisão clínica que visam dar resposta a esta rutura. Recorde-se que, na comunicação ao Infarmed, a Sanofi indicou que se estima um período prolongado de indisponibilidade, que se deve iniciar durante o corrente mês de maio e prolongar até final do presente ano.

Desta forma, adiantou esta quarta-feira, 10 de maio, a Ordem dos Farmacêuticos, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica publicou um conjunto de orientações de apoio à decisão clínica, de forma a apoiar as pessoas que vivem com diabetes, os médicos prescritores e demais profissionais de saúde na substituição por outra insulina, que se diferenciam, contudo, na forma de apresentação e perfil farmacocinético.

“A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica definiu orientações para este processo, nas quais identifica as alternativas terapêuticas disponíveis e aporta recomendações para que a substituição decorra de forma segura”, explica a OF numa nota publicada no seu site.

“As formulações que podem ser utilizadas em alternativa à insulina rápida e insulina basal, que se encontram em rutura, não possuem a mesma apresentação, pelo que requerem um dispositivo de administração próprio. Estas alternativas podem possuir a mesma substância ativa, ou tratar-se de análogos de insulina, que partilham as mesmas indicações terapêuticas, mas possuem um perfil farmacocinético diferente”, adianta a mesma nota.

De acordo com a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, no caso da pré-mistura de insulina rápida e insulina basal, além da diferença relacionada com o dispositivo de administração, nenhuma das alternativas possui as mesmas substâncias, na mesma concentração. Assim, o prescritor poderá optar pelas mesmas substâncias, em diferente proporção, ou por uma associação de análogos de insulina, na mesma ou em diferente proporção.

Os farmacêuticos que acompanhem utentes tratados com qualquer uma destas formulações devem aconselhar o contacto com o médico o mais precocemente possível, para que a substituição decorra de forma atempada.

Devem também instruir os utentes e/ou os seus cuidadores acerca da correta utilização do novo dispositivo de administração, acompanhando o processo de introdução do novo medicamento e esclarecendo eventuais dúvidas relativas à posologia prescrita, ao horário de administração ou a possíveis ajustes à medicação concomitante.