Campanha da EMA alerta para a escassez de medicamentos

Campanha da EMA alerta para a escassez de medicamentos

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) lançou uma nova campanha pública de sensibilização dedicada a um dos temas mais prementes do setor da saúde: a escassez de medicamentos.

Esta imagem não tem texto alternativo. O nome do ficheiro é: meds


Sob o mote It takes a team, a iniciativa pretende destacar a importância da colaboração entre todos os intervenientes do sistema, desde as autoridades reguladoras aos farmacêuticos comunitários e à indústria farmacêutica, para prevenir e gerir de forma eficaz estas situações.

A campanha, que conta com o envolvimento do PGEU (Pharmaceutical Group of the European Union), representa a voz dos farmacêuticos comunitários a nível europeu. O objetivo, segundo a EMA, é “sensibilizar para as medidas tomadas para prevenir e gerir a escassez de medicamentos ao nível da União Europeia”, sublinhando que este é um desafio que exige trabalho conjunto e coordenação entre todas as partes.

“Combater a escassez de medicamentos é como jogar numa equipa bem coordenada, cada jogador tem uma função e todos devem trabalhar em conjunto”, destaca a EMA.

O problema da falta de medicamentos tem impacto direto na vida dos doentes e no dia a dia dos profissionais de saúde. De acordo com dados recentes, em 2024 os farmacêuticos comunitários dedicaram, em média, 10,6 horas por semana à gestão de ruturas de stock, procurando alternativas terapêuticas para garantir a continuidade dos tratamentos.

Num vídeo divulgado no âmbito da campanha, Clare Fitzell, presidente do PGEU, lamentou que “a escassez de medicamentos é uma preocupação crescente em toda a Europa”, e “os farmacêuticos estão a enfrentar o desafio”. Para combater esse cenário, acrescenta que “estamos na linha da frente a ajudar as pessoas a continuar os seus tratamentos com segurança, mesmo que os medicamentos habituais não estejam disponíveis”.

Com esta iniciativa, a EMA e os parceiros europeus procuram reforçar a confiança do público nos sistemas de saúde e farmacêutico, promovendo uma cultura de transparência, colaboração e resiliência.

A campanha sublinha ainda que a resposta à escassez de medicamentos é uma responsabilidade partilhada, e que só através do trabalho conjunto será possível assegurar o acesso contínuo e seguro aos tratamentos de que os cidadãos europeus necessitam.