CEOM defende paz como pilar essencial da saúde global
Perante a escalada de conflitos armados em várias regiões do mundo e o seu impacto devastador na vida humana e nos sistemas de saúde, o Conselho Europeu das Ordens Médicas, presidido pelo médico português José Santos, divulgou uma declaração contundente: a paz deve ser reconhecida como “um determinante maior e universal da saúde”.

O Conselho Europeu das Ordens Médicas (CEOM) relembra que a prática médica assenta em valores de compaixão, solidariedade e defesa da dignidade humana. Neste contexto, sublinha que os médicos, pela confiança que a sociedade neles deposita, “têm um dever ético e humanitário acrescido de proteger a vida, sobretudo em cenários de guerra onde o acesso a cuidados é frequentemente condicionado”, pode ler-se no site da Ordem dos Médicos.
Na declaração, que acompanha esta comunicação, o organismo exige “o cumprimento integral do Direito Internacional Humanitário e das Convenções de Genebra, bem como das resoluções da Associação Médica Mundial”, condenando de forma explícita “ataques a civis, profissionais de saúde e infraestruturas médicas, assim como a utilização indevida de instalações, veículos ou símbolos médicos para fins militares”.
O CEOM apela também à criação de corredores humanitários seguros e totalmente protegidos, indispensáveis para permitir a prestação de cuidados, e reforça que a continuidade de tratamentos essenciais deve ser assegurada a todas as pessoas, sem qualquer forma de discriminação. A organização destaca que dignidade, equidade e justiça são princípios éticos que devem prevalecer mesmo nos contextos mais adversos.
A concluir, o CEOM reafirma que “a paz não é apenas um ideal político, mas uma condição vital para a saúde pública global, devendo por isso constituir uma prioridade mundial”.





