Cigarros eletrónicos vão passar a ser vendidos apenas em farmácias na Austrália
Os consumidores vão ter de apresentar uma prescrição médica, no sentido de usar este produto como alternativa ao tabaco convencional durante o processo de deixar de fumar.
A Austrália vai banir a utilização de cigarros eletrónicos para efeitos recreativos, passando este tipo de produtos a estar disponível apenas em farmácias e sujeitos a receita médica, estando prevista uma redução na variedade de sabores e alterações nas embalagens.
Os cigarros eletrónicos, também designados por “vapes“, estão a criar uma nova geração de cidadãos viciados em nicotina, explicou o ministro da Saúde da Austrália, Mark Butler, segundo a BBC. “Assim como fez com o hábito de fumar“, explicou o ministro, “a ‘grande tabaqueira’ criou outro produto aditivo, envolto numa embalagem brilhante e com sabores doces acrescentados para criar uma nova geração de viciados em nicotina.” O discurso foi feito esta terça-feira, durante o anúncio de várias medidas para combater aquilo que definiu como problema de saúde pública.
Ao contrário dos cigarros convencionais, os cigarros eletrónicos não contêm tabaco, mas sim um líquido misturado com nicotina que pode ter vários sabores e que é depois aquecido para que o seu vapor seja inalado pelos utilizadores. Para os especialistas na área da saúde, estes aparelhos não estão isentos de risco e é ainda incerto o impacto que têm na saúde dos consumidores a longo prazo.
Além disso, para combater o uso de cigarros eletrónicos entre os menores de idade, as embalagens vão ter de sofrer alterações e deixar de ter cores atrativas.
“Este é um produto deliberadamente direcionado para os nossos filhos, sendo vendido juntamente com chupa-chupas e barras de chocolate. O ‘vaping’ tornou-se o problema comportamental número um nas escolas secundárias e está a generalizar-se também nas escolas primárias”, afirmou Mark Butler, ministro da Saúde australiano.
A Austrália não quer apenas travar o consumo de cigarros eletrónicos. Um maço de tabaco convencional custa atualmente 21 euros. A partir de setembro, os preços vão subir 5%.