Dia Mundial da Terceira Idade: cardiologistas alertam para o aumento das doenças valvulares
Valorizar os sintomas e procurar ajuda médica atempadamente pode fazer toda a diferença na prevenção e tratamento das doenças valvulares cardíacas, lembra a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

Hoje, 28 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Terceira Idade e a APIC aproveita a efeméride para chamar a atenção para um tema de crescente importância: as doenças valvulares cardíacas, cujo impacto aumenta à medida que a esperança de vida se prolonga.
Com o envelhecimento natural do organismo, as válvulas do coração – responsáveis por garantir o fluxo adequado de sangue – tendem a degradar-se. Esta realidade tem conduzido ao aumento da incidência de doença valvular cardíaca, em especial da estenose aórtica e da insuficiência mitral, as duas patologias mais comuns.
“Muitas vezes mortal e mais frequente com a idade, a doença valvular cardíaca é ainda uma realidade que bate à porta quando menos desejamos” (…) “É essencial que a população idosa esteja atenta a sintomas como cansaço, falta de ar e dificuldade em realizar atividades do dia a dia, e que procure o seu médico antes de a situação se agravar.”
Rui Campante Teles, coordenador nacional da iniciativa Valve For Life / Corações de Amanhã da APIC
A estenose aórtica afeta atualmente mais de 32 mil portugueses, sobretudo com mais de 70 anos. Esta doença limita o fluxo sanguíneo que sai do coração, reduzindo significativamente a qualidade de vida e podendo ter um desfecho fatal se não for detetada e tratada precocemente. Já a insuficiência mitral, a segunda doença valvular mais comum no mundo, provoca uma menor quantidade de sangue bombeado a cada batimento cardíaco, conduzindo a falta de ar e fadiga progressiva. É mais frequente nos homens e a sua prevalência também aumenta com a idade.
Para apoiar e dar voz aos doentes, a APIC criou, em março, o Núcleo de Ligação ao Doente Valvular, uma iniciativa inédita que promove a consciencialização e o acompanhamento próximo das pessoas com doença valvular cardíaca. Este núcleo, coordenado por um cardiologista de intervenção e três representantes de doentes, é um espaço de escuta, partilha e informação, acessível a todos os doentes valvulares mediante inscrição através do formulário disponível aqui.




