Ema Paulino diz que a ANF está disponível para trabalhar com o novo governo

Ema Paulino diz que a ANF está disponível para trabalhar com o novo governo

Para Ema Paulino, o programa indica que “há um papel importante para as farmácias neste novo ciclo político”. “Portanto, estamos expectantes e muito disponíveis para trabalhar com este novo governo nessa ativação”.

No dia em que começa um novo ciclo na Associação Nacional das Farmácias (ANF), a presidente Ema Paulino disse ao HealthNews que também no novo ciclo político “há um papel importante para as farmácias”. “Estamos expectantes e muito disponíveis para trabalhar com este novo governo nessa ativação”, acrescentou a farmacêutica.

Para este segundo mandato, Ema Paulino garante que vai “continuar a trabalhar no objetivo de integração e complementaridade com as respostas dadas pelo Serviço Nacional de Saúde, trabalho que já foi iniciado neste anterior mandato e do qual são exemplos a testagem rápida contra a covid, a vacinação e a dispensa em proximidade dos medicamentos hospitalares, e, também, reforçar o nosso papel tradicional e historicamente reconhecido de promover a acessibilidade aos medicamentos, mas com uma componente reforçada ao nível da otimização da sua efetividade e segurança, particularmente no contexto do novo serviço de renovação da terapêutica, que implica acesso a dados em saúde da população e em que a responsabilidade nas farmácias é também a de garantir o acompanhamento das pessoas ao longo desse processo”.

A presidente da ANF assegura que procurará ainda concluir outros processos que já foram iniciados, “nomeadamente em termos da participação da rede de farmácias no rastreio contra o cancro colorretal e, também, da participação das farmácias ao nível da intervenção nas infeções clínicas ligeiras, reforçando o seu papel de porta de entrada no sistema de saúde”. “E, por outro lado, mostrar toda a disponibilidade para darmos resposta a outras necessidades que a população portuguesa apresente e para as quais, em colaboração com os outros profissionais de saúde e em articulação com as outras instituições de saúde, possa fazer sentido [contar com] as farmácias (…), particularmente tendo em conta as suas características de capilaridade, ou seja, de distribuição pelo território nacional, e de capacidade técnico-científica das suas equipas”.

As farmácias – afiança Ema Paulino – estão disponíveis para atividades na área da promoção da saúde e prevenção da doença e, depois, no acompanhamento dos doentes após o diagnóstico, particularmente em situações de doença crónica.

Ema Paulino reconhece ainda que, efetivamente, é preciso dialogar com o poder político. “A centralidade do cidadão que é necessária para podermos corresponder às necessidades e expetativas deste mesmo cidadão exige que haja de facto um envolvimento das farmácias comunitárias, porque elas são reconhecidas pelo cidadão como uma componente importante do seu processo de cuidados de saúde e são muitas vezes a porta de entrada e, em algumas localizações do país, as únicas instituições de saúde que se encontram disponíveis para a população. Portanto, independentemente dos nossos interlocutores políticos, acaba por ser de certa forma inevitável um maior envolvimento da rede de farmácias nas políticas de saúde”, respondeu.