Empresa de biotecnologia LxBio inaugura laboratório

Empresa de biotecnologia LxBio inaugura laboratório

Tecnologia única na Península Ibérica, com capacidade para a produção eficiente de novos alvos terapêuticos destinados à investigação pré-clínica, vai permitir a investigação e o desenvolvimento de células CAR-T e anticorpos monoclonais.

A inauguração contou com a presença da Minsitra da Saúde.
Créditos de Imagem: LxBio

A empresa portuguesa de biotecnologia Lxbio investiu quatro milhões de euros em tecnologia para fazer investigação e desenvolvimento de células CAR-T e anticorpos monoclonais numa Unidade de Desenvolvimento e Produção em biotecnologia instalada na Faculdade de Farmácia. A cerimónia de inauguração do laboratório contou com a presença da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

O investimento nesta CRO (Organização de Investigação por Contrato), que deverá chegar aos 20 milhões de euros nos próximos três anos, vai impulsionar a inovação e a produção de terapias avançadas, preenchendo assim a lacuna que existe entre a investigação e o desenvolvimento clínico.

Esta Unidade é a primeira na Península Ibérica a abrir portas para a investigação e desenvolvimento de células CAR-T e anticorpos monoclonais e com capacidade para produção eficiente de novos alvos destinados à investigação pré-clínica e ensaios clínicos em fase inicial. Um centro que permitirá que empresas farmacêuticas, biotecnológicas e instituições académicas, tanto nacionais como internacionais, avancem com as suas terapias inovadoras.

A terapia CAR-T, ou terapia com células T recetoras de antigénio quimérico, representa uma abordagem revolucionária no tratamento de certos tipos de cancro e doenças imunitárias. Este tratamento personalizado envolve a modificação das células T do próprio doente em laboratório, para que possam reconhecer e atacar de forma mais eficaz as células cancerígenas. As células T modificadas são depois reintroduzidas no doente, oferecendo uma solução terapêutica eficaz e adaptada a cada caso.

Na cerimónia, a Ministra Ana Paula Martins salientou que a colaboração entre a Lxbio e a Faculdade de Farmácia “é um bom exemplo de que o tempo de instituições fechadas sobre si próprias, incapazes de atuar perante a mudança, está a terminar”. Ana Paula Martins acrescentou que projetos como este servem para “captar investimentos, investigar, transformar o conhecimento em valor económico”. Mas, também, “para garantir mais acesso a tecnologias em saúde, colocando Portugal no mapa e na agenda da fileira biotecnológica”.

Durante o evento, o diretor de Market Access & Public Affairs da Lxbio anunciou o primeiro contrato da Lxbio com a empresa suíça T-Oncology. “Estamos a reforçar a capacidade de prestar serviços a parceiros académicos, start-ups e empresas farmacêuticas em fases críticas de I&D”, disse.

A diretora da Faculdade de Farmácia, professora Graça Soveral, sublinhou que a “presença da Lxbio na Faculdade representa uma estratégia de valorização da investigação e desenvolvimento clínico. Permitirá ensaios piloto, estágios e um ambiente propício de valor acrescentado, com fortalecimento competitivo científico e melhoria da qualidade de vida da sociedade.”