Um estudo inovador realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, sob a liderança de Anna Mylkivska, juntamente com Adalberto Campos Fernandes, Maria João Lobão, Maria de Fátima Falcão e outros especialistas, desvenda os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no processo de reconciliação terapêutica em contexto hospitalar. Publicado na Revista Portuguesa de Farmacoterapia, este estudo de caso foca-se no serviço de Medicina Interna de um hospital distrital, oferecendo insights valiosos para profissionais de saúde.

O estudo aborda a reconciliação terapêutica, um processo crítico para garantir a segurança do utente ao longo das transições entre diferentes níveis de prestação de cuidados de saúde. O objetivo é reduzir incidentes relacionados a medicamentos e promover o uso seguro de terapias.

As entrevistas semiestruturadas realizadas com médicos, enfermeiros e farmacêuticos revelam problemas significativos, tais como:

• Dificuldades na comunicação eficaz entre os profissionais de saúde, pacientes e familiares.
• Falhas no sistema informático, incluindo problemas na prescrição em emergências e falta de acesso dos farmacêuticos à plataforma de dados de saúde.
• Alertas de medicação repetidos, que podem levar a erros e confusões.

Os profissionais entrevistados sugerem várias melhorias, incluindo formação contínua para os profissionais de saúde, seguimento mais robusto dos pacientes após a alta hospitalar, melhoria na comunicação entre instituições de saúde e integração aprimorada dos sistemas de informação em saúde.

Os resultados do estudo destacam que as barreiras no processo de reconciliação terapêutica continuam a ser um desafio, afetando diretamente a qualidade do cuidado ao paciente. O estudo apela à implementação de medidas estratégicas para superar esses desafios.

Referência ao Artigo e Autores

O artigo completo, intitulado “Perceção dos Profissionais de Saúde do Processo de Reconciliação Terapêutica em Contexto Hospitalar: Estudo de Caso”, está disponível no DOI: https://doi.org/10.25756/rpf.v15i1-2.307. Os autores, associados a instituições de prestígio, contribuem com sua expertise para o avanço da segurança do paciente e melhoria dos processos de saúde.