Estudo revela impacto do stress e Pressão entre farmacêuticos comunitários
Farmacêuticos comunitários sob pressão: Estudo identifica os desafios enfrentados no ambiente de trabalho e suas implicações na saúde e bem-estar.

Uma pesquisa recente publicada na revista científica “Research in Social and Administrative Pharmacy” em 2020, realizada pelo investigador Faith Yong, do Departamento de Farmácia da Universidade de Tecnologia de Sidney, Austrália, trouxe à luz o impacto do stress e tensão enfrentados pelos farmacêuticos que atuam em farmácias comunitárias.
O estudo analisou a perspectiva dos farmacêuticos a partir de uma abordagem micro, focando nas pressões diárias que eles enfrentam em suas funções e como isso afeta sua saúde e bem-estar. Embora já tenham sido estudadas abordagens macro e meso para implementar iniciativas de saúde pública nessas farmácias, a perspectiva individual dos profissionais ainda carecia de investigação mais aprofundada.
Os resultados da pesquisa revelaram que os farmacêuticos comunitários relatam um aumento significativo de stress, sobrecarga de trabalho e sensação de ter controle limitado sobre as diversas facetas de suas atividades profissionais. Esses fatores podem impactar negativamente a saúde mental e física dos profissionais, bem como influenciar suas decisões e comportamentos no ambiente de trabalho.
Para entender melhor os motivos subjacentes ao stress e pressão enfrentados pelos farmacêuticos, o investigador utilizou princípios de troca social, incluindo o conceito de “preço do papel” (role price), para analisar como as decisões de trabalho são tomadas em situações problemáticas. A partir disso, eles procuraram identificar maneiras de modificar essas situações, visando proteger a saúde da força de trabalho farmacêutica.
O estudo também se dedicou a identificar e analisar instrumentos validados e confiáveis utilizados para medir o stress e a tensão entre os farmacêuticos comunitários. Dentre os instrumentos encontrados, havia diferentes abordagens, incluindo medidas de pressão psicológica e de resposta social à pressão, além de instrumentos específicos para medir o stress no papel do farmacêutico.
O investigador concluíram que os 26 instrumentos encontrados são capazes de medir de forma confiável e validada os resultados negativos do papel do farmacêutico a partir da perspectiva individual. Com essa compreensão mais aprofundada dos fatores que afetam os farmacêuticos comunitários, espera-se que seja possível aprimorar as condições de trabalho e, assim, garantir um melhor bem-estar desses profissionais tão essenciais para a saúde pública.
O estudo de Faith Yong é uma importante contribuição para o campo da farmácia comunitária e destaca a necessidade de novas pesquisas para desenvolver instrumentos adicionais de stress e tensão do papel, bem como explorar os benefícios do papel do farmacêutico e sua influência no setor de saúde. Com essas informações em mãos, espera-se que futuras intervenções possam ser implementadas para apoiar e proteger os profissionais que desempenham um papel crucial na prestação de cuidados de saúde à comunidade. Poderá consultar o estudo no SITE.