Farmacêutica portuguesa quer lançar na Europa molécula “promissora” para Parkinson
A Tecnophage está “nos últimos passos” dos ensaios de toxicidade da molécula, que devem estar concluídos “no primeiro trimestre”.
A farmacêutica portuguesa Tecnophage quer lançar na Europa este ano um suplemento com resultados “muito promissores” na doença de Parkinson, baseado numa investigação da Universidade de Macau sobre uma fruta usada na medicina tradicional chinesa.
Em declarações à “Lusa”, o diretor executivo da empresa de biotecnologia está “nos últimos passos” dos ensaios de toxicidade da molécula, que devem estar concluídos “no primeiro trimestre”.
De acordo com Miguel Garcia, a farmacêutica portuguesa está já a “desenvolver um dossier para poder avançar do ponto de vista regulamentar” para o registo como suplemento alimentar “na Europa e depois talvez nos Estados Unidos”.
Os testes realizados a esta molécula revelaram que pode reduzir a perda de memória e de controlo dos movimentos, sintomas da “degeneração neurocognitiva” causada não apenas pela doença de Parkinson, mas também pela doença de Alzheimer.
À “Lusa”, Miguel Garcia garantiu que o objetivo final da Tecnophage é lançar um medicamento, mas lembrou que o processo de aprovação exige “uma série de ensaios clínicos” e por isso “demora muito mais anos e muito dinheiro gasto”.
A molécula foi isolada a partir da “alpinia oxyphylla”, uma pequena fruta semelhante ao gengibre, que é usada “não apenas na medicina tradicional chinesa, mas também, sobretudo no sul, em Guangdong, como parte de terapia alimentar”.