Farmacêuticos vão administrar vacinas COVID-19
A Direção Executiva do SNS pretende que as farmácias comunitárias se tornem pontos de vacinação, contribuindo assim uma maior acessibilidade às vacinas e da cobertura vacinal.
Os farmacêuticos comunitários com a competência em Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis ativa vão administrar vacinas contra a COVID-19 durante a próxima campanha de vacinação contra a gripe sazonal. Numa nota publicada no seu site, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) refere que tem mantido reuniões regulares com associações setoriais e a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para concretizar a implementação desta medida, anunciada por Fernando Araújo, diretor executivo do SNS.
Segundo a nota, “a Direção Executiva do SNS pretende que as farmácias comunitárias se tornem pontos de vacinação, contribuindo assim uma maior acessibilidade às vacinas e da cobertura vacinal”.
“Queremos, no próximo inverno, que as farmácias possam vacinar as pessoas com mais de 65 anos para a gripe e para a COVID, em conjunto com os centros de saúde. Queremos que se tornem pontos de vacinação. O utente, pela idade, não precisará de receita médica nem de ir ao médico de família. Apenas apresentará o cartão de cidadão”, revelou Fernando Araújo, em entrevista ao Expresso.
A prestação deste serviço nas farmácias comunitárias tem associado o acesso dos farmacêuticos ao histórico de vacinas dos utentes, adiantou ainda o diretor executivo do SNS, confirmando assim a relevância do acesso à informação e dados de saúde para a prestação de novos serviços farmacêuticos.
No site da OF, o bastonário dos farmacêuticos enaltece o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com a Direção Executiva do SNS e destaca a capacidade instalada nas farmácias comunitárias portuguesas, com mais de 5.000 farmacêuticos aptos para a administração de vacinas.
Helder Mota Filipe admitiu o desenvolvimento de novos módulos de formação em torno da vacinação contra a COVID-19 para certificação e recertificação dos farmacêuticos com a competência em Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis.
Na mesma entrevista, o diretor executivo do SNS revela ainda o objetivo de avançar durante o verão com renovação da medicação crónica por farmacêuticos. “Se o médico de família assinalar uma determinada medicação como crónica, para uma doença como a diabetes ou a hipertensão, por exemplo, o doente vai deixar de precisar de ir todos os meses ou a cada três meses ao médico buscar receitas. A farmácia pode dar-lhe o número de caixas adequadas para aquele mês, perto de casa, e por vezes na mesma rua”, disse ainda o responsável do SNS.