Gastos com medicamentos para a obesidade quase duplicaram em 2023
Nenhum dos três fármacos comercializados em Portugal é comparticipado pelo Estado e os portugueses gastaram em 2023 mais de 9 milhões de euros, quase o dobro do ano anterior.
Os gastos com medicamentos para a obesidade quase duplicaram em 2023 e os portugueses gastaram mais de 9 milhões de euros em tratamentos não comparticipados.
A obesidade está tornar-se numa epidemia global com sérias implicações na saúde e crescentes gastos com a medicação. Nenhum dos três fármacos comercializados em Portugal é comparticipado pelo Estado e os portugueses gastaram em 2023 mais de 9 milhões de euros, segundo avança o jornal Público, quase o dobro do ano anterior.
Só nos primeiros quatro meses deste ano, a despesa com o medicamento mais vendido é já de quase 4 milhões.
A obesidade está associada a várias complicações como hipertensão, diabetes, fígado gordo, colesterol ou cancro. Segundo dados de 2021 do Observatório Global da Obesidade, afetava 29% dos adultos em Portugal.
Fatores genéticos, mas também o ambiente e estilo de vida influenciam uma doença que pode exigir mesmo cirurgia.
A esperança de vida a nível mundial, de acordo com um estudo da revista científica britânica The Lancet, entre 2022 e 2050 aumentará para os homens 4,9 anos e para as mulheres 4,2 anos e, se nada for feito, a Federação Mundial de Obesidade estima que em 2035, 51% da população do mundo vai viver com excesso de peso ou obesidade.