Infarmed impediu exportação de 1,7 milhões de unidades de medicamentos em 2022

Infarmed impediu exportação de 1,7 milhões de unidades de medicamentos em 2022

A revelação foi feita pelo Presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), Rui Ivo, na Assembleia da República.

Entre janeiro e outubro de 2022, o Infarmed “impediu a exportação de 1.690.000 unidades” de medicamentos. A revelação foi feita pelo presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, Rui Ivo.

Ouvido esta quinta-feira na Comissão de Saúde da Assembleia da República, a propósito do problema da rutura de medicamentos, este responsável sublinhou que “o Infarmed, enquanto autoridade do medicamento, também tem que criar condições para que haja exportação, mas o que se pretende é fazer esse equilíbrio”.
“Obviamente, não podemos deixar que haja exportação quando ela põe em risco ou pode ser prejudicial aos cidadãos e é isso que fazemos”, sublinhou Rui Ivo.

Ouvido pelos deputados, o presidente da autoridade do medicamento, explicou ainda que tem havido por parte do Infarmed uma preocupação de simplificar alguns procedimentos, nomeadamente a nível hospitalar com algum recurso às autorizações de utilização especial de medicamentos que não têm autorização de introdução no mercado em Portugal.

Rui Ivo destacou igualmente a importância da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica. De acordo com este responsável, esta entidade faz “um interface” entre toda a atividade desenvolvida pelo Infarmed.

“Quando temos que tomar medidas, e se as medidas a tomar forem um pouco mais complexas, que possam passar pela necessidade de nós termos que dizer aos profissionais de saúde que é preciso procurar uma alternativa terapêutica”, a comissão ajuda a que essa informação seja veiculada de forma “adequada e bem compreendida por todos” para atingir o efeito que se pretende.

“Nós não estamos parados e este é o nosso processo que está em curso e cremos que tem sido eficaz para evitar que haja de facto situações de indisponibilidade absoluta dos medicamentos”, afirmou.