Investigadora da Católica distinguida por estudo da dor
Estudo de Isaura Martins, investigadora da Universidade Católica Portuguesa, explora a proteína CD9 como potencial via terapêutica para a dor neuropática em projeto sobre lesões medulares.

Isaura Martins, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa, foi distinguida com a Bolsa para Investigadores em Dor, atribuída pela Fundação Grünenthal em parceria com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. O projeto premiado, intitulado “Estudar a CD9 como nova estratégia terapêutica para a dor neuropática após lesão da medula espinhal”, propõe-se a investigar o papel da proteína CD9 como um possível alvo inovador no tratamento da dor crónica associada a lesões medulares.
A pesquisa parte da constatação de que as lesões na medula espinhal causam não apenas défices motores, mas também dor neuropática persistente, com impacto profundo na qualidade de vida dos doentes. A proteína CD9, presente nos pericitos (células que envolvem os vasos sanguíneos) e em células imunitárias, poderá ter uma função determinante na resposta inflamatória e sensorial do organismo após a lesão.
Segundo Isaura Martins, “compreender os mecanismos moleculares que envolvem a CD9 pode abrir caminho a novas abordagens terapêuticas, capazes de reduzir a inflamação e modular a dor, promovendo simultaneamente uma melhor recuperação motora e sensorial”.
O trabalho será desenvolvido ao longo do próximo ano no Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), na Católica Medical School, por uma equipa multidisciplinar composta por Dalila Neves-Silva, Isa Mota e Madalena Pires, sob a coordenação da investigadora premiada.
Esta bolsa, com o valor de 8 mil euros, visa estimular a investigação científica na área da dor, promovendo projetos de investigação original que contribuam para uma maior compreensão dos seus mecanismos e para o desenvolvimento de soluções clínicas que melhorem a vida dos doentes.




