ISCTE assinala os 50 anos do Serviço Médico na Periferia

ISCTE assinala os 50 anos do Serviço Médico na Periferia

No dia 30 de outubro, às 14h30, o ISCTE acolhe a sessão “SMP: o tempo e o modo”, pensada para assinalar cinco décadas do Serviço Médico na Periferia, por muitos designado como a “revolução silenciosa que transformou a saúde em Portugal”.

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Há cinquenta anos, um grupo de jovens médicos recém-formados decidiu mudar o rumo da saúde em Portugal. Deixaram as cidades e partiram para o interior, levando na mala o essencial: um estetoscópio, um bloco de notas e a vontade de servir. Assim nasceu o Serviço Médico na Periferia (SMP), uma experiência pioneira que levou cuidados de saúde às populações mais isoladas e que acabaria por marcar uma geração inteira.

Criado em 1975, o SMP representou uma verdadeira revolução silenciosa. Num país ainda a consolidar a democracia, centenas de médicos assumiram o desafio de trabalhar em aldeias e vilas onde não havia médicos nem centros de saúde, aproximando o Estado das comunidades e lançando as bases do futuro Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Cinco décadas depois, o legado do SMP continua a inspirar. Para celebrar este marco, a Fundação para a Saúde – SNS promove, no próximo dia 30 de outubro, uma sessão pública no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, sob o tema “SMP: o tempo e o modo”. O encontro contará com a presença de personalidades de relevo na área da saúde e da academia, que irão revisitar a história do programa e refletir sobre o seu impacto.

A abertura estará a cargo de Maria de Lurdes Rodrigues, Reitora do ISCTE, e de Patrícia Barbosa, Presidente do Conselho de Administração da Fundação para a Saúde. Segue-se um primeiro painel, moderado por Ana Jorge, que reunirá Raquel Varela, Marta Cerqueira, Joana Azevedo Viana, António Correia de Campos e Constantino Sakellarides, num diálogo sobre a importância do SMP entre 1974 e 1982.

Na segunda parte, dedicada a “Aprendizagens, mudanças e novas perspetivas”, Victor Ramos modera as intervenções de José Gameiro, António Cardoso Ferreira e Leonor Quelhas Pinto, que abordarão as lições deixadas por esta experiência e os desafios que hoje se colocam à saúde pública e à formação de novos profissionais.

O encerramento ficará a cargo de Maria de Belém Roseira e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando a importância do SMP como um dos pilares na construção do sistema público de saúde em Portugal.