Medicamento para Parkinson desenvolvido em Portugal pode ser testado até 2025

Medicamento para Parkinson desenvolvido em Portugal pode ser testado até 2025

A medicação que já existe repõe artificialmente os níveis de dopamina nos doentes de Parkinson. O novo fármaco propõe paralisar o efeito degenerativo da doença.

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, está a estudar um novo medicamento para a doença de Parkinson. Este pode vir a ser experimentado também em doentes com Alzheimer ou Esclerose Lateral Amiotrófica.

O medicamento tem como objetivo “desacelerar” a doença após o diagnóstico, uma vez que o que já existe serve apenas para ajudar os doentes a lidar com os sintomas. A nova solução propõe paralisar o efeito degenerativo da doença, não deixando morrer as células que, apesar do diagnóstico, podem manter-se saudáveis.

A UBI, que se queixa de ser subvencionada pelo Estado, fez uma parceria com a Universidade de Turim, em Itália. Está previsto que, depois da primeira fase de testes, que deverá ocorrer em 2025, o medicamento seja aplicado em doentes com Alzheimer e com Esclerose Lateral Amiotrófica.

“Nesta área da medicina, é necessário haver uma conjugação de esforços de investigadores para atingir melhores resultados e com um maior impacto a nível do que é a descoberta de algo com valor para o mercado”, afirma o reitor da Universidade da Beira Interior, citado pelo “Expresso”.

Este novo fármaco é, para os especialistas, uma janela de esperança. “Cada vez mais cedo se diagnosticam pessoas com Parkinson, já não é só na fase da idade. Os últimos dados que vi variavam entre os 20 e os 29 mil, no país”.