Ministro da Saúde quer aumento da prescrição de medicamentos genéricos
Manuel Pizarro diz que esta é a forma de reduzir a franja da população que não consegue comprar todos os fármacos prescritos.
Após a divulgação de um estudo que revelou que um em cada 10 portugueses não comprou no ano passado alguns dos medicamentos prescritos pelo médico por causa do custo, o ministro da Saúde defendeu a a importância de “encorajar uma maior prescrição de medicamentos genéricos”.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de apresentação do estudo, no Centro Cultural de Belém (Lisboa), Manuel Pizarro sublinhou que “não tem havido um aumento de custo dos medicamentos para as pessoas” pois os preços “têm-se mantido estáveis”, mas, face aos dados divulgados, reconheceu a importância de o país aumentar a prescrição deste tipo de medicamentos.
“Ao contrário da inflação que atinge tantos setores da vida nacional, nos medicamentos não tem havido inflação, os preços têm-se mantido estáveis”, disse o governante, reconhecendo, contudo, que é preciso prestar especial atenção às pessoas com maior vulnerabilidade económica para poder “compensar” essa dificuldade na compra de medicamentos.
Lembrou que as taxas de comparticipação das pessoas com menos disponibilidade económica são mais elevadas do que as taxas de comparticipação gerais, mas sublinhou: “ainda assim, sempre que um estudo destes nos chama a atenção para um problema, temos que estudar como é que podemos chegar a esse setor da população que, sendo minoritário, tem que ter o mesmo direito que todos os outros”.
Segundo o Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), 89% dos portugueses tomaram algum medicamento prescrito por um médico em 2022, mas o custo dos medicamentos fez com que 10% tivessem optado por não comprar algum dos fármacos prescritos.
De acordo com o ministro, no primeiro trimestre deste ano a prescrição de genéricos atingiu os 51,7%.