Nova especialidade em Medicina de Urgência e Emergência entra em vigor
Governo aprova plano de formação, cujo modelo foi desenvolvido por um grupo de trabalho coordenado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, que reforça resposta dos serviços de urgência.

O Governo aprovou o plano de formação em Medicina de Urgência e Emergência, criando oficialmente uma nova especialidade médica com o objetivo de preparar jovens profissionais para darem “respostas mais eficazes e seguras” nas situações mais críticas. A decisão foi esta semana publicada em Diário da República.
De acordo com a Ordem dos Médicos (OM), “a criação desta especialidade representa um marco no ensino da medicina em Portugal, depois de uma proposta semelhante ter sido rejeitada em 2022”, com o novo plano a pretender “melhorar a capacidade de resposta dos Serviços de Urgência, assegurando que os médicos têm formação específica para lidar com contextos de alta pressão e complexidade”.
O modelo de formação foi desenvolvido por um grupo de trabalho coordenado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, com a participação de representantes de vários colégios da especialidade. A nova área “compreende as competências necessárias para a prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de situações urgentes e emergentes, resultantes de doença ou trauma, em pessoas de todas as idades”, pode ler-se no site da OM.
A formação abrange tanto a área pré-hospitalar como a intra-hospitalar, incluindo reanimação, avaliação inicial, diagnóstico e gestão de doentes urgentes e emergentes, desde o primeiro contacto até à alta clínica ou transferência para outras especialidades.
O plano de formação terá a duração de cinco anos, com o primeiro ano dedicado à formação geral inicial, e prevê 30 vagas para 2026. Para a OM, “esta aprovação constitui um passo essencial para o reforço da resposta dos serviços de urgência e para a valorização profissional dos médicos que atuam nesta área crítica do sistema de saúde”.




