Novo estudo revela que a dor crónica aumenta o risco de declínio cognitivo e demência
A investigação foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

A dor crónica, causada por doenças como artrite e cancro, por exemplo, e com duração superior a três meses, aumenta o risco de declínio cognitivo e demência, diz um novo estudo, disponibilizado na Proceedings of the National Academy of Sciences, revista científica.
Investigadores, citados na CNN internacional, explicam que ao analisar um indivíduo com 60 anos, com dor crónica, em apenas um local, foi possível descobrir que o seu hipocampo, estrutura no cérebro associada à aprendizagem e memória, envelheceu cerca de um ano.
Quando a dor era sentida em dois locais, no corpo, o hipocampo encolheu ainda mais – o equivalente a pouco mais de dois anos de envelhecimento – estimam os cientistas.
Isto significa que, o “hipocampo (volume de substância cinzenta) de um indivíduo de 60 anos com (dor crónica) em dois locais do corpo era semelhante ao volume de alguém no grupo de controlo (sem dor) com 62 anos de idade”, explicam o autor do estudo Tu Yiheng e os seus colegas.
Já em indivíduos que sentiam dores em cinco ou mais locais, o volume do hipocampo foi quatro vezes menor, o equivalente a até oito anos de envelhecimento.