Novo relatório sobre escassez de medicamentos
Nos últimos 12 meses, as farmácias continuaram a enfrentar elevados níveis de escassez, com 61% dos países a reportarem que a situação não melhorou em relação ao ano anterior.

O mais recente relatório do Grupo Farmacêutico da União Europeia (PGEU) evidencia o impacto persistente e significativo da escassez de medicamentos em toda a Europa.
Nos últimos 12 meses, as farmácias continuaram a enfrentar elevados níveis de escassez, com 61% dos países a reportarem que a situação não melhorou em relação ao ano anterior, que já representava um recorde negativo.
Em 2023, Portugal registou o maior número de escassez de medicamentos desde que a Associação Nacional de Farmácias começou a monitorizar este problema, em 2014. Embora em 2024 tenha havido uma redução no número de faltas, os dados ainda não são suficientemente significativos para afirmar que a situação melhorou de forma consistente.
O estudo deste ano revela ainda que o tempo dedicado pelos farmacêuticos comunitários para gerir estas situações continua a aumentar, estimando-se que gastem cerca de 11 horas semanais a lidar com a escassez de medicamentos.
Os medicamentos que mais faltaram em Portugal seguem a mesma tendência do resto da Europa. Os mais afetados foram: medicamentos para o sistema nervoso, sistema cardiovascular e antibióticos.
A principal razão para esta escassez, tanto em Portugal como no resto da Europa, é a interrupção ou suspensão da produção. Além disso, as políticas de preços e compras a nível nacional e um aumento inesperado da procura também contribuem para o problema.
Para tentar resolver a situação, a PGEU recomenda medidas como aumentar a capacidade de produção, tornar a cadeia de abastecimento mais transparente e permitir que os farmacêuticos tenham mais liberdade para sugerir alternativas quando um medicamento está em falta.
Para colmatar os efeitos da escassez, os farmacêuticos têm desempenhado um papel crucial, aconselhando os utentes sobre alternativas disponíveis, trabalhando em conjunto com médicos na identificação de opções viáveis e negociando com entidades o reembolso de tratamentos alternativos.
Para mais informações aceda ao relatório do PGEU sobre Escassez de Medicamentos.
Fonte: Ordem dos Farmacêuticos