Obesidade infantil: novas guidelines passam a incluir recurso a medicamentos e a cirurgia bariátrica

Obesidade infantil: novas guidelines passam a incluir recurso a medicamentos e a cirurgia bariátrica

Apesar das novas orientações, é defendido que terapias focadas em mudança de estilo de vida são mais eficazes e devem ser prioritárias.

A Associação Americana de Pediatria (AAP) reviu as suas guidelines para o tratamento de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Na primeira revisão em 15 anos, aquela entidade norte-americana preconiza agora que o recurso a fármacos e a cirurgia bariátrica poderá ser uma via a considerar em casos mais extremos.

Apesar das novas recomendações, a AAP reforça que a terapia focada na mudança do estilo de vida é a mais eficaz. Contudo, assume que os medicamentos podem ser usados a partir dos 8 anos de idade e que a cirurgia metabólica e bariátrica deve ser considerada em casos de obesidade grave em pacientes com 13 anos ou mais.

Recorde-se que, segundo dados do Global Obesity Observatory, em Portugal, em 2019, 12% das crianças sofriam de obesidade. Juntamente com a percentagem de jovens que têm um peso demasiado elevado, este valor coloca o país no 9.º lugar do ranking mundial da obesidade e excesso de peso infantil.

Em termos globais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, mais de 340 milhões de crianças e adolescentes sofriam de obesidade ou excesso de peso.