OF tem nova estratégia para reforçar especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana
A Ordem dos Farmacêuticas anunciou que o reforço da componente técnico-científica e a afirmação como área estratégia no domínio da Saúde Pública são os principais eixos de uma nova estratégia para as áreas de Análises Clínicas e de Genética Humana.
Reforçar a componente técnico-científica e afirmar como área estratégica no domínio da Saúde Pública. São estes os principais eixos da nova estratégia da Ordem dos Farmacêuticos (OF) para as especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana, que foi apresentada esta segunda-feira, 5 de junho.
“A OF vai reforçar a aposta na diferenciação e qualificação dos farmacêuticos analistas clínicos”, explica uma nota publicada no site da Ordem dos Farmacêuticos, adiantando que “a nova estratégia da instituição para um dos ramos profissionais com maior expressão no seio da profissão farmacêutica passa por dinamizar a formação, as competências e as especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana e reforçar a intervenção destes profissionais no domínio da Saúde Pública, agora em absoluta evidência, depois de quase três anos com um papel determinante no combate à pandemia e na prevenção do contágio pelo SARS-CoV-2”.
A OF justifica a nova estratégia com a necessidade de combater a diminuição do número de farmacêuticos que exercem nesta área. “Hoje, são a quinta área profissional farmacêutica e representam cerca de 10% do número total de farmacêuticos a exercer no nosso país (num universo de 16 mil farmacêuticos ativos em exercício)”, explica a nota da OF, que sublinha ainda que “esta realidade afeta também o rejuvenescimento e a renovação geracional dos profissionais, pelo que a OF entendeu oportuno iniciar uma discussão e debate interno sobre as competências dos farmacêuticos destas áreas, tendo em conta os desafios atuais do setor e as necessidades do sistema de saúde”.
“O resultado materializa-se num conjunto de princípios e ações que a OF propõe que sejam desenvolvidas ao longo dos próximos meses e que têm como ponto de partida a caracterização dos farmacêuticos que exercem esta atividade no nosso país, em articulação com as entidades que supervisionam, regulam e representam esta área profissional”, lê-se na mesma nota.
Lembrando que a “sólida formação académica de base dos farmacêuticos, tanto nos domínios da farmacologia como das tecnologias de saúde, confere uma vantagem competitiva em relação aos demais profissionais com outras qualificações que com ele partilham o mesmo espaço laboratorial”, a OF destaca que “esta diferenciação reveste-se de particular importância para o desenvolvimento e consolidação de novas valências nas análises clínicas”.
Por estas razões, a OF avança que “pretende também promover formações em áreas emergentes, como a biologia molecular, genómica e farmacogenómica, proteómica, medicina personalizada, preditiva e de precisão ou em técnicas para identificar e monitorizar biomarcadores associados a tratamentos com fármacos inovadores ou medicamentos biológicos”.
Para implementação da estratégia agora apresentada, a OF diz que vai envolver as universidades, laboratórios, serviços de análises clínicas, institutos públicos e demais entidades dos setores privado, social e militar, “que devem também continuar a apostar numa atividade eminentemente farmacêutica, que fornece informação essencial para as decisões clínicas”.
Carregue aqui para ficar a saber mais sobre a estratégia da OF para reforçar especialidades de Análises Clínicas e de Genética Humana.