A Ordem dos Médicos anunciou a criação oficial da Especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, com a publicação do novo regulamento geral dos Colégios de Especialidade, Secções de Subespecialidade e Colégios de Competências no Diário da República. Este desenvolvimento representa um marco significativo na área da saúde em Portugal, especialmente para os médicos que operam nas urgências hospitalares.

Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, destacou a importância deste avanço, afirmando que “este é um marco na Saúde em Portugal e um sinal de esperança para os médicos que trabalham nas urgências dos hospitais, mais de 20 anos após o início do processo”. A nova especialidade é projetada para englobar os conhecimentos e competências essenciais para a prevenção, diagnóstico, tratamento imediato e gestão de situações urgentes e emergentes, resultantes de doenças ou traumas, em pacientes de todas as idades.

A criação desta especialidade é vista como uma medida complementar e colaborativa, destinada a aliviar a pressão sobre outras especialidades médicas, melhorando assim a capacidade de resposta dos Serviços de Urgência. Carlos Cortes sublinhou que, embora a criação desta especialidade não resolva todos os problemas enfrentados pelos serviços de urgência, é um passo importante para uma maior diferenciação e especialização dos médicos, tornando esta área mais atrativa.

A proposta para a nova especialidade foi apresentada por um grupo de trabalho composto por representantes de diversos colégios, nomeado por Carlos Cortes, e aprovada em Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos no passado dia 23 de setembro. Além disso, foram criadas as Secções de Subespecialidade de Urgência e Emergência Médica do Adulto, Cirurgia de Emergência e Urgência e Emergência Pediátrica.

Este novo regulamento surge na sequência das alterações introduzidas ao Estatuto da Ordem dos Médicos, exigindo a adaptação dos regulamentos ao novo enquadramento legislativo. A revisão visa preencher o vazio normativo resultante das mudanças nos estatutos, assegurando que a composição, competências e funcionamento dos colégios de especialidade estão formalmente estabelecidos.