A fachada de um dos pavilhões da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) vai ser submetida a uma intervenção com vista ao seu isolamento do ruído provocado pelos aviões. O anúncio foi feito pelo presidente executivo da gestora de aeroportos do grupo Vinci, Thierry Ligonnière.

Durante uma audição na Assembleia da República, o responsável adiantou que o pavilhão da FFUL é apenas um dos 22 edifícios especialmente sensíveis dos concelhos de Lisboa e Loures, entre os quais se contam ainda escolas e hospitais, que vão ser intervencionados. O custo das obras será suportado pela ANA — Aeroportos de Portugal.

“Vamos arrancar este ano com o isolamento das fachadas de edifícios sensíveis”, anunciou Thierry Ligonnière.

Além do pavilhão da FFUL, a intervenção da ANA vai abranger duas escolas, duas creches, 11 unidades do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, dois edifícios do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, uma academia de estudos, dois edifícios de saúde e um Centro de Apoio à Juventude.

Ainda assim, a ANA defende que o financiamento desta medida de mitigação do ruído dos aviões nas populações afetadas deve respeitar o princípio do poluidor-pagador, ou seja, através da aplicação de uma taxa às companhias aéreas ou a afetação de verbas da Taxa Ambiental.