Pressão sobre urgências hospitalares: cuidados de saúde primários vão ter centros de diagnóstico com exames
Segundo anunciou a ministra da Saúde, nestes centros será possível fazer exames como química seca, raio-X, eletrocardiograma e ter uma pequena sala de tratamento.
Para evitar a ida de doentes com situações menos graves às urgências hospitalares e, dessa forma, reduzir a pressão sobre essas unidades, vão ser criados Centros de Diagnóstico Integrados para situações de doença aguda, onde podem ser realizados exames, como o raio-X. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que defende que a criação destes centros visa reforçar a resposta ao nível dos cuidados de saúde primários e sublinha que será “uma parte muito importante” da reorganização das urgências.
“Há muitos anos que falamos nisto, governo após governo, e agora com o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] estamos a construir Centros de Diagnóstico Integrados, que pode ajudar muito a que estes serviços de atendimento nos cuidados de saúde primários para situações agudas possam ser procurados pelas pessoas para uma maior resolução” porque dispõem de exames básicos, disse Ana Paula Martins, citada pela Lusa, durante uma audição na Comissão de Saúde da Assembleia da República.
A ministra explicou que os médicos e os enfermeiros que fazem parte destes serviços de atendimento acabam por ter “muito mais capacidade de resposta” sem precisar de referenciar “os doentes ou os utentes para um nível mais diferenciado, onde estes exames existem [urgências hospitalares]”.
Segundo a ministra da Saúde, nestes centros será possível fazer exames como química seca, raio-X, eletrocardiograma e ter uma “pequena sala de tratamento”. “São coisas realmente muito relevantes e podem fazer muita diferença”, acrescentou.
Ana Paula Martins recordou que já houve várias experiências no país, como os serviços de atendimento permanente, que “podem inspirar a melhorar”, aumentar a oferta e “garantir mais qualidade e mais satisfação dos utentes”.