Projeto europeu auxilia criação de terapias personalizadas para o autismo

Investigadores da Universidade de Coimbra estão integrados num estudo europeu que pretende recolher, em 2025, informações genéticas que visa facilitar os ensaios clínicos sobre o autismo e o desenvolvimento de terapias personalizadas.

De acordo com a notícia publicada no Jornal de Notícias, investigadores da Universidade de Coimbra (UC) integram o estudo European Autism Genomics Registry (Eager), que pretende recolher, em 2025, informações genéticas para uma plataforma duradoura, que tem o objetivo de facilitar os ensaios clínicos sobre o autismo e o posterior desenvolvimento de terapias personalizadas. Os cientistas acreditam que a criação de uma plataforma com informação genética de vários indivíduos é essencal para alargar o conhecimento sobre as condições genéticas ligadas ao autismo.

De acordo com a Lusa e o JN, segundo Miguel Castelo-Branco, docente da Faculdade de Medicina da UC e diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, que lidera o estudo na UC, “há evidência crescente da necessidade de personalizar as abordagens clínicas e, como tal, a recolha de uma grande quantidade de dados genéticos e clínicos será determinante para o desenvolvimento de novas respostas terapêuticas para esta condição”.

A participação no estudo é voluntária e acontece à distância.

O projeto Eager, financiado pela Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores (parceria público-privada entre a Comissão Europeia e a indústria farmacêutica, representada pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica) no âmbito do Programa Horizonte 2020, e liderado pelo King’s College London, junta 13 equipas de investigação oriundas de oito países – Alemanha, Espanha, França, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia.

Surge no âmbito do Autism Innovative Medicine Studies-2-Trials (Aims-2-Trials), o maior consórcio dedicado ao estudo do autismo na Europa, do qual a UC também faz parte, e que, desde 2018, tem vindo a explorar a biologia do autismo com vista ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas personalizadas.

Mais informações em : https://www.uc.pt/icnas/

Fonte: Agência Lusa e Jornal de Notícias