Santa Maria na vanguarda do tratamento da doença de Parkinson
Em todo o mundo, a doença afeta mais de 10 milhões de pessoas e tem consequências significativas na mobilidade, fala, concentração, sono, independência e na capacidade geral dos doentes.

A Unidade Local de Saúde de Santa Maria está entre os hospitais pioneiros a nível internacional na utilização do único sistema de estimulação cerebral profunda adaptativa (aDBS, na sigla inglesa) para doentes com Parkinson, uma inovação que resulta de um trabalho multidisciplinar entre equipas de Neurologia e de Neurocirurgia.
O Serviço de Neurologia da ULSSM já realizou as primeiras reprogramações em neuroestimuladores já implantados em doentes acompanhados em Santa Maria, com o objetivo de maximizar a precisão e a eficiência no tratamento da doença.
A doença de Parkinson tem beneficiado nos últimos anos desta tecnologia, que transmite sinais elétricos ao cérebro para interromper movimentos indesejados. “Até aqui, o DBS [Deep Brain Stimulation] enviava sinais constantes para o cérebro. Este novo sistema adapta esse envio em tempo real e de forma dinâmica, em função da atividade cerebral de cada doente, aumentando a estimulação se os sintomas forem maiores e diminuindo-os se estiverem controlados”, explica Miguel Coelho, neurologista da ULSSM.
A equipa multidisciplinar responsável pela resposta nesta área inclui neurocirurgiões, neurologistas, anestesiologistas, enfermeiros, psicólogos, entre outras especialidades, e nas últimas décadas foi responsável por mais de 400 implantações para tratamento do Parkinson. Está agora entre os 16 hospitais europeus a avançar com esta inovação.
Só na Europa, a doença de Parkinson afeta mais de 1,2 milhões de doentes. Em todo o mundo, chega a mais de 10 milhões de pessoas. A doença tem consequências significativas na mobilidade, fala, concentração, sono, independência e na capacidade geral dos doentes.
Fonte : ULS Santa Maria