Nos dias 24 e 25 de outubro, a capital recebe a Reunião de Outono do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), um encontro bienal que reúne médicos, investigadores e profissionais de saúde para debater os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento desta patologia.
Continue readingNovo podcast promove literacia sobre saúde da coluna
Novo podcast promove literacia sobre saúde da coluna com o objetivo de esclarecer dúvidas e mitos, e promover a prevenção e o tratamento da dor nas costas.
Continue readingGala Solidária Associação Amigas do Peito na Aula Magna
Outubro é sinónimo de esperança, prevenção e partilha. É o mês em que o mundo se veste de rosa para lembrar a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama e para homenagear todas as pessoas que enfrentam a doença com coragem e resiliência.
Continue readingDia Mundial da Dislexia: prevenção começa no Pré-Escolar
10 de outubro, 2025
Hoje, assinala-se o Dia Mundial da Dislexia, uma data que convida à reflexão sobre um dos desafios de aprendizagem mais comuns e, ainda assim, mais negligenciados. A DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia aproveita a efeméride para lançar um alerta urgente: é fundamental que a identificação e o acompanhamento das dificuldades associadas à dislexia comecem logo no Pré-Escolar, antes mesmo do início formal da leitura e da escrita, pode ler-se num comunicado partilhado pela associação.
“Em Portugal, uma em cada dez crianças sofre de dislexia. São crianças inteligentes, criativas e esforçadas, mas que enfrentam um obstáculo invisível logo nas primeiras aprendizagens.”
Helena Serra, presidente da Assembleia Geral da DISLEX
Desde as primeiras tentativas de leitura, surgem sinais de alerta: letras trocadas, sons confundidos, palavras invertidas – “pai” torna-se “pia”; “só” transforma-se em “os”. É um processo que frustra alunos, pais e professores, e que, sem uma resposta adequada, pode evoluir para um ciclo de ansiedade, vergonha e desmotivação escolar.
Tendo em conta esse cenário, a DISLEX defende a implementação obrigatória de avaliações no Pré-Escolar, aos 5 anos, capazes de medir competências consideradas fundamentais para as aprendizagens simbólicas: linguagem, consciência fonológica, perceção auditiva e visual, motricidade, coordenação viso-motora, atenção e noções espaciais e temporais.
“Se a dislexia for identificada precocemente, é possível desenvolver estratégias de apoio que melhoram a leitura e a escrita e evitam o sofrimento desnecessário de tantas crianças.”
Helena Serra, presidente da Assembleia Geral da DISLEX
A aposta na prevenção e na formação dos educadores é, para a associação, uma questão de política educativa essencial. Identificar cedo é o primeiro passo para garantir igualdade de oportunidades e quebrar o ciclo de insucesso escolar que ainda marca muitas trajetórias.
A dislexia é uma perturbação específica da aprendizagem de origem neurológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento de palavras e na descodificação fonológica. Embora afete diretamente a leitura e a escrita, as suas consequências vão muito além do rendimento académico: podem manifestar-se em baixa autoestima, ansiedade, isolamento social e até comportamentos de evitamento face à escola.
Estima-se que 600 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com dislexia. E, embora o diagnóstico continue a carregar algum estigma, a história está cheia de exemplos inspiradores – de Einstein a Agatha Christie, de Leonardo da Vinci a Steven Spielberg – que demonstram que esta diferença neurológica pode também traduzir-se em criatividade, pensamento visual e originalidade.
Fundada em 2000, no Porto, a DISLEX tem sido uma voz ativa na sensibilização para esta realidade. A associação promove investigação científica, formação de professores e técnicos e apoio a famílias e alunos, ajudando a construir um sistema educativo mais inclusivo e informado.
“A dislexia não é um problema de inteligência — é uma forma diferente de o cérebro processar a linguagem. Cabe-nos garantir que essa diferença não se transforma em desigualdade”, reforça a direção da associação.
Com mais de duas décadas de atividade, a DISLEX tem contribuído para mudar o paradigma da aprendizagem em Portugal, desmistificando mitos e mostrando que com o apoio certo, as dificuldades transformam-se em oportunidades de crescimento.
Por isso, neste Dia Mundial da Dislexia, o apelo é simples, mas profundo: prevenir é cuidar. Porque cada criança que lê o mundo de forma diferente merece um sistema que a compreenda e a acompanhe.
Saiba mais em www.dislex.co.pt.
Dia Mundial da Dislexia: prevenção começa no pré-escolar
A dislexia é uma perturbação específica da aprendizagem de origem neurológica, caracterizada por dificuldades no reconhecimento de palavras e na descodificação fonológica.
Continue readingInfarmed lança nova animação sobre a recolha de medicamentos no mercado
9 de outubro, 2025
O Infarmed acaba de disponibilizar no seu canal de YouTube uma nova animação dedicada ao tema “Recolha de medicamentos do mercado na sequência de alertas de qualidade”. O objetivo é reforçar a literacia em saúde e ajudar os cidadãos a compreenderem melhor o processo que garante a segurança e a qualidade dos medicamentos disponíveis.
Com uma linguagem acessível e ilustrações dinâmicas, o vídeo explica, de forma clara e educativa, em que consiste a recolha de medicamentos, um procedimento essencial para proteger a saúde pública sempre que são detetados eventuais problemas de qualidade.
A recolha pode ser decidida pelo Infarmed ou pelo titular da autorização de introdução no mercado, após confirmação de defeitos ou irregularidades no fabrico. O vídeo ilustra ainda as diferentes tipologias deste processo, que pode ser total ou parcial, consoante o risco envolvido, classificado como elevado, médio ou baixo.
Esta iniciativa integra a estratégia do Infarmed de promover uma comunicação mais próxima e transparente, fortalecendo a confiança dos cidadãos nas autoridades de saúde e nos mecanismos que asseguram a eficácia, segurança e qualidade dos medicamentos.
Sabe o que é a doença de Gaucher?
5 de outubro, 2025
Definida como uma patologia hereditária rara, pertencente ao grupo das doenças lisossómicas de sobrecarga, a doença de Gaucher é causada pelo défice de enzima glucocerebrosidase (GBA), lacuna que leva à acumulação de gordura em células do organismo, sobretudo nos macrófagos (células essenciais do sistema imunitário cuja função é eliminar agentes patogénicos, detritos celulares e células mortas), desencadeando um conjunto de manifestações que vão da anemia à dor óssea crónica, hemorragias, problemas pulmonares e um maior risco de desenvolver doenças como Parkinson e problemas hemato-oncológicos.
Para potenciar a literacia sobre este problema, definiu-se outubro como o mês de sensibilização, sabendo-se que o diagnóstico precoce é chave para travar quadros irreversíveis. O alerta é de Anabela Oliveira, especialista de Medicina Interna no Hospital de Santa Maria, que sublinha que os atrasos no diagnóstico “podem resultar em lesões irreversíveis e complicações graves que limitam a funcionalidade e a qualidade de vida”, pode ler-se num comunicado partilhado pela biofarmacêutica Takeda.
A incidência da doença de Gaucher é de cerca de 1 em cada 50 mil nascimentos, estando identificados três tipos “que se distinguem pelo envolvimento ou não do sistema nervoso”, explica Anabela Oliveira. O tipo 1, “que corresponde a 90% dos casos, pode ser diagnosticado nas crianças e adultos, sendo as manifestações mais importantes o aumento do fígado e do baço, redução da hemoglobina provocando anemia, das plaquetas provocando hemorragias e dos glóbulos brancos associando-se a um aumento do risco de infeções – um aspeto importante é o envolvimento do osso com quadros de dor óssea crónica limitativa para as atividades da vida diária, necrose do osso, osteoporose e maior propensão para fraturas; já o tipo 2 e tipo 3 têm envolvimento do sistema nervoso”.
Em Portugal, os doentes são acompanhados em Centros de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo, por equipas multidisciplinares que integram internistas, hematologistas, ortopedistas, pediatras e geneticistas. Estes centros realizam exames regulares para monitorizar a evolução e a resposta aos tratamentos. Nos últimos anos, os avanços têm sido significativos, tanto no diagnóstico como nas opções terapêuticas disponíveis, permitindo maior controlo da doença e melhor qualidade de vida.
“Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a eficácia do tratamento e menor o risco de complicações graves. Além disso, a sensibilização contribui para reduzir o estigma, promover investigação e acelerar o desenvolvimento de novas terapias.”
Anabela Oliveira, especialista de Medicina Interna no Hospital de Santa Maria
Com impacto físico, psicológico e social profundo, a doença de Gaucher exige não apenas tratamento médico especializado, mas também apoio multidimensional que permita aos doentes viver de forma mais plena e com menos limitações.
Para saber mais sobre esta patologia, visite o site da APL – Associação Portuguesa de Doenças do Lisossoma.
Estudo português conclui que literacia em saúde aumenta qualidade de vida
Estudo do projeto Espaço Saúde 360º Algarve revela que a promoção da literacia em saúde contribui para o aumento da qualidade de vida.
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