Investir na Saúde Cerebral: Um Pilar Essencial para a Qualidade de Vida

Investir na Saúde Cerebral: Um Pilar Essencial para a Qualidade de Vida

Uma chamada à ação no Dia Mundial do Cérebro para promover estratégias preventivas e estilos de vida saudáveis que sustentam a saúde cerebral.

No Dia Mundial do Cérebro, o CNS - Campus Neurológico apela à promoção da saúde cerebral através de estilos de vida saudáveis e estratégias preventivas. Saiba como educação, exercício físico e controlo dos fatores de risco vascular são essenciais para a qualidade de vida.

No mês em que se assinala o Dia Mundial do Cérebro, o CNS – Campus Neurológico apela a uma maior dedicação à saúde cerebral. A saúde cerebral depende de um estilo de vida saudável e de estratégias preventivas eficazes, que vão desde a educação até à prática de exercícios e atividades cognitivas estimulantes.

A Dra. Sara Varanda, Neurologista no CNS Braga, destaca a importância de um bom nível educacional, um ambiente laboral saudável, passatempos estimulantes, exercício físico regular e controlo dos fatores de risco vascular (pressão arterial, colesterol, açúcar, tabagismo e consumo de álcool) para a manutenção da saúde cerebral. Segundo a Dra. Sara, estas medidas são pilares essenciais no tratamento de doenças neurológicas, especialmente quando ainda não dispomos de medidas farmacológicas de prevenção.

O cérebro, descrito como o “software” do corpo humano, é crucial para o bom funcionamento do organismo. Contudo, o investimento na promoção da saúde cerebral ainda é escasso. “As pessoas e médicos lembram-se da saúde cerebral quando surgem sinais de mau funcionamento – dores de cabeça, dificuldades no sono ou esquecimentos. Contudo, quando nada alerta sobre o ‘software’, pouco se faz para prevenir a falência”, salienta a Dra. Sara Varanda.

Os trabalhos científicos sobre a promoção da saúde cerebral focam-se frequentemente na doença – como prevenir o declínio cognitivo na doença de Alzheimer, minimizar o impacto cognitivo da esclerose múltipla e da enxaqueca ou reverter sintomas motores na doença de Parkinson. Estudos indicam que cérebros com a proteína anormal responsável pelo Alzheimer podem permanecer ativos e livres de sintomas graças à reserva cognitiva. A educação parece ser um dos principais fatores que contribuem para esta reserva, promovendo o adequado funcionamento cerebral apesar da presença de doença.

Além disso, a Dra. Sara Varanda refere um estudo europeu com quase 4000 participantes saudáveis ao longo de 20 anos que revelou que atividades como jogos de tabuleiro preveniram o agravamento cognitivo em doentes que desenvolveram demência. Estas estratégias preventivas, conhecidas como “neuroenhancement”, são económicas e apresentam menos efeitos secundários comparativamente a potenciais medicamentos.

Na doença de Parkinson, onde uma proteína anormal se acumula nas células, estudos indicam benefícios da prática de exercício físico aeróbio de intensidade moderada nos sintomas motores. Até mesmo a participação em orquestras comunitárias tem mostrado melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O CNS – Campus Neurológico continua a destacar a importância da saúde cerebral, incentivando a adoção de estilos de vida saudáveis e a implementação de estratégias preventivas para garantir uma melhor qualidade de vida.