OE26: Saúde com mais investimento
Proposta de Orçamento do Estado 2026 prevê 17 mil milhões de euros para o setor da Saúde e promete um SNS mais próximo, justo e moderno.

O Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) coloca novamente a saúde no centro das prioridades nacionais. O Governo prevê investir 17,3 mil milhões de euros, um aumento de 1,5% face a 2025, visando fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aproximá-lo dos cidadãos.
Esta proposta reflete uma promessa: um SNS mais ágil, justo e sustentável — mas que continua a enfrentar obstáculos estruturais que exigem mais do que investimento financeiro.
Do total orçamentado, quase metade destina-se a despesas com pessoal (44,9%) e 45,7% à aquisição de bens e serviços, segundo o Ministério da Saúde. A aposta passa por modernizar infraestruturas hospitalares, reforçar os cuidados de saúde primários e melhorar o acesso a médicos de família, um dos pontos críticos do sistema.
O plano inclui ainda o desenvolvimento digital do SNS, com maior investimento em telemedicina, monitorização remota e interoperabilidade de dados clínicos, tornando o contacto entre utentes e profissionais mais direto e eficiente.
Outra prioridade é a integração entre saúde e apoio social, essencial num país cada vez mais envelhecido e com um aumento das doenças crónicas. A visão do Executivo é clara: criar um SNS “centrado nas pessoas”, reduzindo desigualdades e garantindo cuidados mais próximos e humanos.
A proposta orçamental prevê ainda poupar 24 milhões de euros através de uma gestão mais eficiente, nomeadamente no transporte de doentes, medicamentos e dispositivos médicos. A medida integra a nova política de orçamentação por programas, que visa aumentar a transparência e a responsabilidade de gestão dentro das unidades de saúde.
Com votação final em novembro, o OE2026 será um teste à capacidade do Governo em equilibrar finanças e bem-estar. A ultrapassagem simbólica dos 17 mil milhões de euros representa um marco no investimento público em saúde, mas também uma responsabilidade: transformar o reforço orçamental em resultados visíveis na vida dos portugueses.




