Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos debate uso terapêutico de psicadélicos

Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos debate uso terapêutico de psicadélicos

Helder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, participou no XX Congresso Científico da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP), numa sessão dedicada às substâncias psicadélicas, contribuindo para uma reflexão aprofundada sobre o uso destas substâncias em contextos terapêuticos.

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De acordo com o site da Ordem dos Farmacêuticos (OF), a participação neste congresso e, em particular, nesta sessão, “reforça o compromisso da instituição com a discussão informada sobre novas abordagens terapêuticas e com a proteção da saúde pública, num tema em rápida evolução científica e legislativa”.

Durante a sessão, Helder Mota Filipe defendeu que a intervenção do farmacêutico neste contexto é muito relevante. Conhecendo os riscos eventuais da utilização das substâncias psicadélicas, o farmacêutico deve alertar para a possibilidade de efeitos adversos físicos e psiquiátricos, bem como para o potencial de dependência de algumas destas substâncias e para o risco da presença de contaminantes, com possibilidade de efeitos inesperados e imprevisíveis.

No caso do farmacêutico comunitário, este pode ter “um papel ativo junto da população no que concerne à promoção de comportamentos saudáveis e na gestão do risco da utilização recreativa destas substâncias”.

No domínio terapêutico e da investigação, o bastonário salientou que os farmacêuticos, especialmente aqueles que exercem em contexto hospitalar, “podem contribuir para geração de evidência e promoção da segurança, como parte integrante das equipas multidisciplinares de investigação clínica, bem como na contribuição para a definição de programas de acesso especial – uso off-label ou compassivo”.

A participação da OF no congresso da AEFFUP reforça, assim, o diálogo entre academia, profissionais e estudantes, num momento em que os psicadélicos voltam a ganhar relevância no debate científico e clínico.