Rui Portugal: DGS “não pode ser mero instrumento governamental”

Rui Portugal: DGS “não pode ser mero instrumento governamental”

O antigo número dois de Graça Freitas e candidato à direção do organismo publicou um artigo de opinião onde tece várias críticas à gestão da Direção-Geral da Saúde.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) “tem de regressar à sua matriz de independência técnico-normativa” e não pode ser “um mero instrumento governamental na área da Saúde”. A afirmação é de Rui Portugal, ex-subdiretor-Geral da Saúde e atual candidato à liderança da DGS, num artigo de opinião publicado esta quinta-feira, 6 de julho, no jornal “Público”.

Segundo defende Rui Portugal, “a DGS tem de regressar à sua matriz de independência técnico-normativa, afirmando-se junto do poder político e junto da população como o garante da salvaguarda das melhores decisões técnicas para a saúde dos portugueses”. “A DGS não poderá ser, como eventualmente poderá ser a tentação de alguns, um mero instrumento governamental na área da saúde”, defende o ex-subdiretor-Geral da Saúde no seu artigo de opinião, onde considera que a nomeação do próximo diretor-geral da Saúde representa uma “oportunidade única para virar a página na saúde pública” no país.

A “independência técnico normativa” é apenas um dos cinco domínios identificados por Rui Portugal — que no final de maio apresentou a demissão do cargo de subdiretora-Geral da Saúde — que devem ser alvo de medidas, a que se junta o compromisso internacional, o servir a população, a co-criação com instituições e parceiros e a garantia das melhores práticas de saúde pública.