Estudo Demonstra que a Expansão das Farmácias Comunitárias Aumenta Acesso à Vacinação contra a Gripe
Expansão das farmácias comunitárias em Portugal reduz barreiras de acesso à vacinação contra a gripe, diminuindo a distância média aos locais de vacinação e aumentando a cobertura vacinal. Estratégia inovadora melhora a adesão e serve como modelo para futuras campanhas de saúde pública.
Numa iniciativa pioneira para aumentar a cobertura vacinal contra a gripe, o Governo Português expandiu o acesso à vacinação gratuita, incluindo as farmácias comunitárias como pontos de vacinação para pessoas com 60 anos ou mais. Esta medida faz parte de uma estratégia para combater as barreiras de acesso, como a distância aos locais de vacinação, e surge em resposta à projeção de uma diminuição na cobertura para o ano 2023/24.
Um estudo recente avaliou o impacto desta inclusão, revelando que a distância média até ao local de vacinação mais próximo foi reduzida para metade, passando de 2,4 km para 1,2 km. Esta redução significativa foi alcançada com a participação de 2487 farmácias comunitárias na campanha de vacinação, além dos 844 locais habituais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os resultados preliminares mostraram que, até 31 de março de 2024, a cobertura vacinal para pessoas com 65 anos ou mais era de 72,1%, mantendo-se praticamente estável em relação ao ano anterior. Contudo, a inclusão das farmácias comunitárias teve um impacto notável nos municípios que beneficiaram de uma maior redução de distância. Nos 10% de municípios onde a distância foi reduzida em até 66,5%, a cobertura vacinal aumentou 1,3 pontos percentuais em comparação com o ano anterior.
Por outro lado, os municípios que tiveram uma redução menor na distância, inferior a 10,3%, viram uma diminuição de 4,5 pontos percentuais na cobertura vacinal. Estes dados sublinham a importância da proximidade no aumento da adesão à vacinação.
A estratégia de inclusão das farmácias comunitárias é vista como um passo positivo na superação das barreiras geográficas e na promoção da saúde pública, especialmente num momento em que a hesitação vacinal está a aumentar. As autoridades de saúde consideram esta abordagem um exemplo potencial para outras campanhas de saúde pública no futuro.
Com a aproximação do inverno, esta medida reforça a importância de estratégias inovadoras para garantir que as vacinas estejam acessíveis a todos, especialmente aos grupos mais vulneráveis, apoiando assim a capacidade do sistema de saúde em proteger a população contra a gripe sazonal.
Pode consultar o estudo no link