Estudo Recente Revela Efeitos dos Inibidores da Tirosina Cinase no Tratamento Oncológico

Estudo Recente Revela Efeitos dos Inibidores da Tirosina Cinase no Tratamento Oncológico


Estudo Científico na Revista Portuguesa de Farmacoterapia Revela Importância do Acompanhamento Farmacoterapêutico em Terapêutica Dirigida com Inibidores da Tirosina Cinase no Tratamento Oncológico

Um estudo recentemente publicado na Revista Portuguesa de Farmacoterapia, conduzido por Ana Raquel Calvo, Marta Lavrador e Maria Margarida Castel-Branco da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, destaca a relevância da terapêutica dirigida com inibidores da tirosina cinase no tratamento de doenças neoplásicas. Este estudo enfatiza a importância crucial do acompanhamento farmacoterapêutico para otimizar a relação benefício-risco associada a esses medicamentos.

Os recetores tirosina cinase têm um papel essencial no crescimento e diferenciação celulares, mas também podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de doenças neoplásicas. Atualmente, a terapêutica dirigida com inibidores da tirosina cinase representa um paradigma inovador no tratamento de pacientes oncológicos, realçando a necessidade de compreender a caracterização genética e molecular do paciente e da neoplasia em questão.

Este estudo abordou várias neoplasias que atualmente são tratadas com sucesso utilizando inibidores da tirosina cinase, incluindo a leucemia mieloide crónica, o cancro de mama HER2 positivo, o cancro de tireoide e o cancro de pulmão. Embora esses medicamentos tenham demonstrado eficácia no tratamento dessas condições, eles também podem causar uma série de efeitos colaterais e reações adversas que afetam diversos sistemas do corpo.

Os efeitos colaterais incluem problemas gastrointestinais, como mucosites, náuseas, vômitos e diarreia, bem como distúrbios endócrinos, como hipotiroidismo, que pode levar à fadiga. A pele também pode ser afetada, apresentando sintomas como síndrome palmo-plantar, xerose e fotossensibilidade. Além disso, foram observados efeitos cardiovasculares, como hipertensão arterial, hemorragias e prolongamento do intervalo QT. A saúde mental dos pacientes também pode ser impactada, com relatos de insónia, tonturas, ansiedade e depressão. Por fim, as complicações hematológicas, como pancitopenia e neutropenia, também foram identificadas como preocupações.

Diante dessa ampla gama de potenciais efeitos colaterais, o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes que recebem terapia com inibidores da tirosina cinase torna-se fundamental. Os farmacêuticos desempenham um papel essencial nesse processo, monitorando de perto a resposta do paciente ao tratamento e gestão dos efeitos colaterais de forma eficaz.

Este estudo na Revista Portuguesa de Farmacoterapia contribui significativamente para o entendimento da terapêutica dirigida com inibidores da tirosina cinase e enfatiza a importância do cuidado farmacoterapêutico personalizado no tratamento oncológico moderno. Poderá aceder ao estudo no site oficial.