Lisboa, 6 de agosto de 2025 — Foi oficialmente constituída a AEPAD – Associação Nacional das Empresas Privadas de Apoio Domiciliário, uma entidade que pretende dar voz e representação a um setor que desempenha um papel vital no acompanhamento de milhares de portugueses, mas que continua a ser pouco reconhecido no panorama nacional da saúde.

Num país onde o envelhecimento populacional se acelera e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta pressão crescente, o apoio domiciliário surge como uma resposta estratégica, tanto em cuidados continuados como em hospitalização no domicílio. Neste contexto, a AEPAD nasce para unir, qualificar e valorizar as empresas privadas licenciadas que, diariamente, asseguram cuidados personalizados a pessoas idosas e doentes crónicos em todo o território nacional.

“A AEPAD nasce da urgência de dar voz, força e legitimidade a centenas de empresas que todos os dias cuidam de milhares de portugueses nas suas casas. Queremos ser mais do que uma associação: pretendemos ser um motor de transformação para o setor a nível nacional”, sublinha Nuno Afonso, presidente da nova associação.

A AEPAD constitui-se como associação sem fins lucrativos, com o objetivo de representar os prestadores privados de cuidados domiciliários junto das autoridades públicas e reguladoras. Entre as suas prioridades estão a promoção de boas práticas, a formação contínua de profissionais, a defesa de uma regulação justa e equilibrada e o incentivo à cooperação entre empresas, reforçando a sustentabilidade e a credibilidade do setor.

Atualmente, centenas de empresas privadas prestam cuidados a milhares de cidadãos, recorrendo a equipas multidisciplinares de auxiliares, enfermeiros e terapeutas. Contudo, enfrentam obstáculos significativos, como a ausência de reconhecimento institucional, a concorrência informal, barreiras burocráticas e falta de apoio público.

Um dos pontos centrais da atuação da AEPAD será a defesa da criação de uma rede mista e complementar entre os setores público, privado e social, com o objetivo de garantir que envelhecer em casa seja uma opção acessível, segura e digna para todos os cidadãos.

Com este passo, o apoio domiciliário privado ganha estrutura e representação institucional, podendo afirmar-se como um parceiro estratégico na resposta aos desafios do envelhecimento e da sustentabilidade do SNS.