Vacinação: USF-AN diz que a estratégia em farmácias falhou. ANF contesta acusação
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar considera que o processo de vacinação sazonal nas farmácias comunitárias falhou. A Associação Nacional de Farmácias garante que “a estratégia não falhou” e que 60% das pessoas vacinadas “escolheram fazê-lo na farmácia”.
Está lançada a polémica. A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) afirmou que o processo de vacinação sazonal nas farmácias comunitárias falhou, salientando que a cobertura vacinal está abaixo da registada em anos anteriores. Já a Associação Nacional de Farmácias (ANF), contesta esta acusação, assinalando que a maioria das pessoas vacinadas o fez nas farmácias.
“A estratégia adotada pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde [DE-SNS] para a vacinação sazonal (…) contra a gripe e contra a covid-19 em farmácias comunitárias não produziu os efeitos esperados, tendo colocado Portugal bastante abaixo da cobertura vacinal alcançada em anos anteriores, quando esta era assegurada pelos centros de saúde”, disse a USF-NA em comunicado.
“A estratégia não falhou”, afirmou à Lusa a presidente da ANF, apontando que “mais de 60% das pessoas vacinadas” contra a gripe e a covid-19 na campanha 2023/2024, em curso, “escolheram as farmácias”.
Ema Paulino defendeu que a cobertura vacinal na campanha 2023/2024 “está em linha com a de anos anteriores” e no final “poderá eventualmente superar” as precedentes, atestando que “as farmácias não estão a falhar”, tendo mesmo ajudado a reduzir a “hesitação na vacinação”.
Recorde-se que A campanha de vacinação da gripe decorre em simultâneo com a da Covid-19 e dirige-se a maiores de 60 anos, doentes crónicos, grávidas, profissionais de saúde e funcionários de lares de idosos, tendo na época 2023/2024 sido alargada às farmácias comunitárias.
Antes, as vacinas eram sobretudo administradas nos centros de saúde (unidades de saúde familiares).