Eleições OF: Cidália Almeida da Silva defende o papel do ” farmacêutico comunitário como pilar essencial da saúde pública”

Com mais de 25 anos de experiência, Cidália Almeida da Silva, candidata da lista F, lidera a Farmácia Santiago, em Setúbal, onde implementou serviços inovadores e promoveu a modernização do setor. Além disso, é delegada de zona da ANF e orientadora de estágios curriculares. Destaca-se também pelo seu envolvimento em campanhas de saúde pública e projetos comunitários.

Créditos de Imagem: Cidália Almeida da Silva

A candidata da Lista F concorre ao Conselho do Colégio de Especialidade em Farmácia Comunitária, é licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Coimbra e possui uma sólida formação em gestão e qualidade, incluindo um MBA pela Universidade de Piura e uma pós-graduação em Gestão para Farmacêuticos pela Universidade Católica Portuguesa.

O que a motivou a sua candidatura a um dos Colégios de Especialidade da Ordem dos Farmacêuticos?

A motivação para esta candidatura, surge da convicção de que o farmacêutico especialista em farmácia comunitária tem um papel fundamental na melhoria dos cuidados de saúde da população. O contexto atual exige profissionais altamente qualificados, capazes de responder eficazmente às necessidades dos utentes e de contribuir para a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Quero reforçar o reconhecimento e valorização do título de especialista, promover a formação contínua e impulsionar o desenvolvimento de serviços farmacêuticos inovadores, consolidando o farmacêutico comunitário como um pilar essencial da saúde pública.

Quais os principais objetivos que pretende alcançar caso seja eleita?

Os principais objetivos da nossa candidatura incluem: dinamizar o título de especialista, tornando-o acessível e valorizado; promover a formação contínua, especialmente em áreas emergentes como oncologia, ensaios clínicos e saúde mental; implementar serviços farmacêuticos especializados, como a gestão de terapias oncológicas, a dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade e o acompanhamento farmacoterapêutico de doentes crónicos. Criação de protocolos de intervenção farmacêutica e redes de referenciação, promovendo a colaboração com outras entidades de saúde. Incentivar a digitalização e a inovação, através da implementação de ferramentas tecnológicas que melhorem a prática farmacêutica.

Quais são os maiores desafios da profissão? E quais os principais desafios do Colégio de Especialidade a que concorre e como tenciona abordá-los?

Os maiores desafios da profissão incluem a pressão sobre o SNS, devido ao envelhecimento populacional e ao aumento das doenças crónicas; a falta de reconhecimento da especialização, com necessidade de demonstrar o valor do farmacêutico comunitário na prestação de cuidados de saúde; a sustentabilidade do setor, garantindo que os serviços farmacêuticos são adequadamente remunerados. Para além disto, o Colégio enfrenta desafios como a falta de adesão ao título de especialista e a necessidade de reforçar a sua influência nas políticas de saúde. Propomos dinamizar o processo de candidatura, criar um programa estruturado de preparação para o exame de especialidade e estabelecer parcerias estratégicas para aumentar o reconhecimento do farmacêutico especialista.

Quais as propostas para melhorar a colaboração entre os membros do Colégio e outros profissionais de saúde?

Propomos estabelecer protocolos de referenciação entre farmacêuticos e médicos, permitindo uma comunicação mais eficaz e um acompanhamento integrado dos utentes; a criação de grupos de trabalho interdisciplinares, envolvendo farmacêuticos, médicos e enfermeiros para o desenvolvimento de boas práticas na gestão terapêutica e promover formação conjunta entre diferentes áreas da saúde, reforçando a integração do farmacêutico comunitário nas equipas de cuidados primários.

Como pretende demonstrar às várias entidades do setor da saúde a vantagem de ter um especialista na sua equipa?

A estratégia passa por evidenciar o impacto dos serviços farmacêuticos na saúde pública, através da sistematização de registos e da recolha de dados concretos sobre a adesão terapêutica, redução de hospitalizações evitáveis e melhoria dos indicadores de saúde. Pretendemos ainda fortalecer o diálogo com entidades reguladoras e decisoras, demonstrando que a valorização do especialista em farmácia comunitária resulta em benefícios diretos para o SNS e para os utentes.

Como irá incentivar a participação dos farmacêuticos nas atividades do Colégio?

Para aumentar a adesão e envolvimento dos farmacêuticos, iremos simplificar o processo de obtenção do título de especialista, tornando-o mais dinâmico, menos burocrático e promovendo sessões de esclarecimento sobre a sua importância. Queremos criar oportunidades de formação e certificação, garantindo que o título de especialista confere vantagens profissionais e diferenciação no mercado de trabalho. E, gostaríamos de desenvolver uma plataforma interativa que permita a partilha de conhecimento e experiências entre os membros do Colégio, promovendo uma comunidade ativa e colaborativa.

Há algum projeto ou iniciativa que queira destacar para implementar no seu Colégio?

Destacamos a criação de um programa estruturado de formação para especialistas em farmácia comunitária, com módulos focados em novas áreas chave como oncologia, ensaios clínicos, saúde mental e terapias inovadoras. Além disso, queremos lançar um projeto de monitorização do impacto dos serviços farmacêuticos na saúde pública, com registo sistemático de indicadores que comprovem a eficácia da intervenção do farmacêutico comunitário. Com esta visão, acreditamos que o Colégio de Especialidade em Farmácia Comunitária pode tornar-se um verdadeiro motor de transformação, promovendo a valorização da profissão e melhorando o acesso da população a cuidados de saúde de excelência.

Lista F

Presidente: Cidália Almeida da Silva (CP 10050)

  • Capitolina Maria de Figueiredo Fernandes Pinho (CP 8140)
  • Maria Dulce Ramos Várzea Gomes dos Santos (CP 9276)
  • Célia Sofia Pires Cameira Vicente (CP 12638)
  • Ernesto Alexandre Fernandes Correia de Oliveira (CP 14185)
  • Bruno Olim Ferreira (CP 14532)
  • Raquel Alexandra Fernandes Ramalheira (CP 23173)